Wagner: espetáculo de Moro não pode parar o país
No Globo:
Jaques Wagner diz que Odebrecht é motivo de orgulho para o Brasil
Ministro da Defesa afirmou ainda que não se pode ‘parar o país para assistir ao espetáculo da investigação’
ITAGUAÍ (RJ)— O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou durante visita ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub),no Estaleiro e Base Naval, em Itaguaí, no Rio, nesta terça-feira, que não se pode " parar o país para ficar assistindo ao espetáculo da investigação", em referência à Operação Lava-Jato. O ministro defendeu a importância das grandes empresas e disse que são motivo de orgulho para a imagem do Brasil no exterior, citando como exemplo a Odebrecht. Wagner falou também que "imagina" ter sido cogitado como testemunha de defesa de Ricardo Pessoa, executivo da UTC apontado nas investigações como o líder do "Clube das Empreiteiras", porque as obras da empresa na Bahia- onde foi governador de 2006 a 2014- não registram nenhuma irregularidade.
— Eu entendo que o Brasil tem que separar duas coisas: as investigações que correm pelo MP, pelo poder judiciário e pela PF e a nossa agenda de governo. A luta contra a corrupção é ininterrupta, porque onde tem dinheiro tem sedução. Infelizmente é assim em qualquer parte do mundo. Agora, não vamos parar o país para ficar assistindo o espetáculo da investigação— disse.
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— Eu digo sempre que um país é conhecido em outros países pelo seu futebol, pela sua música, pela sua cultura, pela sua natureza, mas é muito conhecido pelas suas empresas nacionais. A gente quando fala da Alemanha lembra da Siemens, da Volkswagen, quando fala dos EUA a gente lembra da IBM e por aí vai. E hoje a gente tem o orgulho de dizer que lá fora também nos conhecem por algumas das empresas, inclusive a Odebrecht, que construiu o aeroporto de Miami e faz obras no mundo inteiro — defendeu— Eu separo e não tenho nenhum constrangimento da gente estar aqui. A empresa é uma grande empresa e se tiver problema,graças a Deus funciona o poder judiciário, a Polícia Federal e o MP. Vamos investigar, mas não vamos jogar a criança com a água suja fora. Vamos só jogar a água suja e proteger a criança, que são as nossas empresas.
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