O Brasil entra no banco chinês
No Globo, texto de Paulo Nogueira Batista Jr:
Banco Asiático
Foi melhor o Brasil entrar agora na instituição, como membro fundador
Na sexta-feira passada, o Brasil aceitou o convite da China para integrar, na condição de membro fundador, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (Asian Infrastructure Investment Bank — AIIB). Isso nos permitirá participar das negociações para a constituição do banco, cuja conclusão está prevista para meados deste ano.
O Brasil poderia ter deixado para entrar no AIIB em outro momento, quando o banco já estivesse consolidado. Mas foi certamente melhor ingressar agora, na condição de membro fundador, pois assim tomaremos parte na elaboração do Acordo Constitutivo, em vez de apenas subscrevê-lo. Brasil poderá entrar com uma quota pequena, não havendo necessidade de aporte de recursos no curto prazo.
O AIIB está sendo constituído, sob a liderança da China, com o propósito principal de financiar projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento na Ásia. O banco terá sede em Pequim e deverá ter um capital inicial subscrito de US$ 50 bilhões e um capital autorizado de US$ 100 bilhões.
Em termos de capital subscrito e autorizado terá, portanto, o mesmo tamanho que o New Development Bank (NDB) do Brics, cujo acordo foi assinado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no ano passado em Fortaleza, e se encontra em fase de implantação.
A criação do AIIB vem ocorrendo em ritmo acelerado. Em outubro de 2014, foi assinado o memorando de entendimento para estabelecimento do banco e, em novembro, foi constituído um secretariado provisório. O Acordo Constitutivo já está em discussão e a meta é finalizá-lo em meados de 2015 para que o banco possa começar a operar no final do ano.
(...)
Para avaliar a furia americana contra o banco de maioria chinesa vale a pena ler esse artigo do New York Times: http://www.nytimes.com/2015/04/03/world/asia/china-asian-infrastructure-investment-bank.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&module=second-column-region®ion=top-news&WT.nav=top-news&_r=0 -
O dos chapéus ainda não se manifestou sobre a matéria. Ele é daqueles que não acreditam que a China seja maior que Formosa ... -
Paulo Henrique Amorim
Leia também:
Brasil é sócio de banco chinês que peita os EUA
Alemanha, França e Itália aderem a banco da China