A Temer o que é de Temer
Enquanto o Gilmar não devolver – e ele não vai devolver nunca, porque o FHC não deixa - o Congresso brasileiro será o que é: uma expressão predominante dos interesses conservadores.
O Vice-Presidente Temer defende, por exemplo, o “distritão”, uma “reforma” política que vai multiplicar o poder da grana nas eleições para o Congresso.
Será a glória da empreitagem !
Vai fazer o que ?
O PMDB é o partido que sustenta há doze anos os trabalhistas no poder.
(Quando o Presidente Lula achou que podia viver sem ele, quase leva um mensalão pelas costas e cai...)
O sistema é Presidencialista – o Parlamentarismo tucano já perdeu dois plebiscitos, mas eles insistem.
Portanto, com Presidencialismo e grana à solta, o Congresso é Conservador e o Temer a expressão dessa realidade.
E o Congresso tem o direito de contrapor-se ao Executivo, que se elegeu com um conjunto de forças que não controla o Congresso.
Por isso, o Lula insistiu tanto em que o Temer tivesse papel de destaque na articulação política do Governo.
Ainda bem que o próprio PMDB detonou a escolha do Eliseu Padilha.
O Padilha (Eliseu, como se sabe) tem lá os seus problemas …
Faz parte de um panteão de peemedebista da Ética, na companhia imaculada do Wellington Moreira Franco, Eduardo Cunha, e o próprio Temer...
Fazer o quê, amigo navegante ?
Não há muita escolha num cesto de maçãs podres, diria o William Shakespeare, que não travou conhecimento com certos peemedebistas.
(A Rainha Elizabeth teria mandado enforcar uns tantos ...)
Fazer o quê ?
Melhor o Temer que aprove o ajuste do que um Pepe Vargas que não aprove.
Porém, o “ajuste” é uma prioridade dos economistas de bancos, colonistas (ver no ABC do C Af) e os governistas com vocação para “vira-lata”, o pessoal dominado pela obsessão do rating das agências que levam risco ao mundo.
Crise ? Que crise ?
Na opinião de um ansioso blogueiro, a tarefa número um do Temer, na nova função, é encaminhar ao Supremo um nome Republicano.
Mas, um nome “Republicano” como o “republicanismo” do Fernando Henrique.
Um nome que seja tão “republicano” quanto o ministro Gilmar, que não vai devolver nunca.
Que a Presidenta se inspire e encaminhe ao Senado um nome que, por exemplo, o peemedebista Renan Calheiros possa aprovar.
Portanto, o zé da Justiça está fora !
Ufa !
Paulo Henrique Amorim
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E vote na trepidante enquete do C Af:
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