O mundo mudou de lugar. E o PSDB não viu
A sorte da Dilma é o PSDB ser o que é.
Jurássico.
Como se sabe, a matriz ideológica do PSDB se formulou, primeiro, no pensamento dos luzias, os primeiros entreguistas, depois, se materializou no PRP paulista e escravista, nos derrotados da Guerra da Secessão de 1932, e se materializou nos livros dos sociólogos da USP.
Mais recentemente, o PSDB formulou a dependência irremediável aos Estados Unidos, em 1969, com o lançamento daquele livro do italiano Enzo Faletto, que contou com a colaboração secundaria do Fernando Henrique: Capitalismo e Dependência.
A dependência foi traduzida em ações concretas com a publicação do Consenso de Washington, vinte anos depois, em 1989, um vade-mecum de ajuste e privataria, concebido pelos bancos para os países endividados.
O autor foi um economista inglês a serviço dos bancos, John Williamson.
Foi assim que nasceu o neolibelismo.
E o primeiro pais a aplica-lo foi o Chile de Pinochet, com os inesquecíveis “Chicago Boys”.
Antes da Inglaterra de Thatcher !
Dai em diante, o PSDB e seus bachas não conceberam mais nada.
Com uma “novidade”: recriar a ALCA ou aderir – depois de tirar os sapatos no aeroporto – à TPP, a TransPacific Partnership , que os Estados Unidos querem montar com os países asiáticos adversários da China e os latinos virados para o Pacifico.
É uma ALCA asiática.
Ou seja, entrou, entregou !
O problema é que os parlamentares do Partido Democrata e os sindicatos – sobreviventes – dos Estados Unidos não querem a TPP.
Mas, os tucanos já se anteciparam e querem.
O FHC, o Aecim, o Bacha.
É a única ideia “nova” que eles produziram desde 1989...
(O Cerra é esperto: não troca o certo pelo duvidoso. Já garantiu o apoio da Chevron com a proposta de doar-lhe o pré-sal, no Senado do Renan...)
Diante dessa indigência intelectual, o ansioso blogueiro recomenda a leitura da edição impressa da revista dos bancos para os bancos, pelos bancos ingleses, a Economist.
A Economist e os bancos ingleses sabem: ele são funcionários subalternos dos bancos americanos …
E o que está na Economist ?
Os tucanos vão desmaiar.
A Urubologa, a mais notável pensadora que o neolibelismo brasileiro produziu, terá uma síncope faltal.
Diz a Economist: http://www.economist.com/node/21632193/print
O mundo em transição: o centro do mundo mudou de lugar !
As estatísticas de 2015 já revelarão uma situação que se acentua há algum tempo, sobretudo na área tecnológica.
Em 2015, os Estados Unidos, com o óleo de xisto – que polui de forma devastadora e a Blablarina não protesta ! - passarão a Arabia Saudita como o maior produtor de petróleo do mundo.
(Logo, conclui o ansioso blogueiro, foi possível o Obama fazer o acordo com o Irã, equivalente ao do Nixon com a China, porque Israel deixou de ser um guardião indispensável, estratégico, da porta de entrada dos poços de petróleo do Oriente Médio. )
Em 2015, os Investimentos Diretos da China (como na Ferrovia Bi-Oceanica e no linhão de Belo Monte ) ultrapassarão os Investimentos Estrangeiros Diretos NA China !
Em 2015, a China se torna mais rica que os Estados Unidos, segundo o poder de compra do Produto Domestico (GDP).
Em 2020, os gastos dos países do Pacifico em Defesa ultrapassará o da União Europeia.
Em 2016, a venda de tablets e híbridos ultrapassara a venda de desktops e Pcs.
Em 2016, nos Estado Unidos, a publicidade na internet ultrapassará a publicidade em jornais, revista e outdoors.
Em 2015, haverá mais assinaturas de celulares do que habitantes na Terra.
Em 2015, a população do Facebook é maior do que a China.
Por fim, para os tucanos cortarem o pulso de sua irrelevância intelectual – e política: em 2050, o centro de gravidade econômica do mundo se deslocará do meio do Oceano Atlântico, para algum lugar entre a India e a China.
Já em 2015, o ponto central da atividade econômica do mundo estará na cidade de Bandar-e Mahshahar, no Irã.
O senador tucano Cassio – ligado ao inusitado fenômeno meteorológico do dinheiro que voa - deve achar que Bandar fica perto de Campina Grande !
A sorte da Dilma são esses tucanos !
Que não fosse o PiG, não passavam de Resende.
Nem o Economist eles leem mais !
Paulo Henrique Amorim
Da Economist: