Cunha não é mais o fantoche do FHC
Depois daquele vídeo estarrecedor do Julio Camargo, o Eduardo Cunha entrou para o corredor da morte.
Na imaculada companhia dos 260 controlados.
Com a revelação de que ele vai em cana, o Golpe da Casa Grande perde o fantoche.
O Cunha era o alterego do Fernando Henrique, o Calabar do Bessinha.
FHC, esperto, usava o Cunha como no teatro de marionetes: ele segurava os cordões.
Como fez com o Aecím, e por isso o Aecím tomou aquela tunda.
O Cunha fazia às claras o que o FHC, na sombra, queria, ou mandava fazer.
(O Principe da Privataria é a unica cabeça pensante (sic) no PSDB. Porque o Cerra, em 60 anos de vida pública, nunca teve uma ideia original.)
E o PiG fazia de conta que o Cunha era pra valer.
Que aquelas patranhas na Camara tinham legalidade ou eficacia.
A única obra duradoura do Cunha terá sido inspirada (na moita) pelo FHC: ampliar a duração da utilidade do Ministro (sic) Gilmar até os 75 anos, sempre em defesa da Privataria de que foi Advogado Geral !
Única.
(No irrespondível "Operação Banqueiro", Rubens Valente demonstra que sem Gilmar não existiria Daniel Dantas.)
O resto foi uma série de maracutaias à la FHC - vote em trepidante enquete.
Cunha era o FHC mascarado.
Agora, o FHC vai ter que ir para debaixo dos holofotes - com cara e tudo.
Se forem da Globo, ele vai correndo !
Paulo Henrique Amorim