“Lula admite ter ido ver o triplex”
Do amigo navegante Adriano Adauto
O Fernando Brito escreveu o post antes de ler o PiG dessa manhã de segunda-feira, 01/02.
Mas está lá, em todas as manchetes: Lula admite o crime de ter ido ao apartamento.
Como se o Otavim - o do ódio de classe - e os filhos do Roberto Marinho cogitassem de comprar um imóvel sem visitá-lo.
Da mesma forma, o bonitão do Tucano Ministério Público de São Paulo responde no Estadão - onde trabalha aquele a quem o Conversa Afiada conferiu o prêmio "Conexões Tigre" - está lá: vai botar o Lula e D Marisa na cadeia porque a nota do Instituto Lula só faz confirmar que eles ocultaram (quá, quá, quá!) patrimônio.
Ao que disse o Brito, premonitório:
Mandou divulgar, pelo Instituto Lula, todos os documentos relativos à compra, em nome de Mariza Letícia, sua mulher, da cota na cooperativa que fez o projeto e depois o transferiu para a OAS.
Até seu próprio sigilo fiscal o ex-presidente quebrou, espontânea e publicamente, publicando sua declaração de bens no Imposto de Renda do ano passado.
O patrimônio representado pela cota está declarado, tintim por tintim.
Não há ocultação do apartamento, pela simples razão que não houve compra do apartamento.
E porque não houve? Porque não interessou comprar o que lhe foi oferecido.
O “crime” de Lula? Só se for ter ido “ver” o apartamento. Certamente não faltará jornal disposto a publicar isso: “Lula admite ter ido ver o triplex”.
É assim que funciona a canalhice midiática, com suporte em “investigadores” que partem do princípio – quem sabe autorreferenciado – de que todas as pessoas são desonestas.
Não obstante, a armação está completamente desmontada.
Embora, para a mídia, isso “não venha ao caso” e Lula vá continuar sendo acusado de “ver apartamento”, “ir ao sítio” e “andar de barquinho de lata”.
Isso se não disserem que alguma figura deu um Autorama para seu neto.
A ditadura judicial-midiática pretende “interditar” eleitoralmente Lula e, para isso, não se envergonha sequer de armar uma interdição de seus outros direitos civis, o de comprar ou não comprar algo que esteja dentro de suas posses e com seu próprio dinheiro.
E se você, meu amigo, encontrar o Lula numa feira, nem se atreva a oferecer pagar um copo de água de coco a ele.
Pode virar “oferecimento de vantagem indevida”…