De Edinho Barbosa, marqueteiro do PT ao Estadão:
"Achei o presidente sereno e tranquilo, muito Cassius Clay contra George Foreman, na luta do Zaire. Respirando, esperando o momento, entendendo que o processo precisa rodar, muito consciente de que não existe materialidade de práticas ilícitas nas investigações contra ele. Até comentei: 'Ô, presidente, achei que ia encontrá-lo mais preocupado'. Ele disse: 'Estou chateado, né, velho, família, filhos, amigos...'. O Lula é o Cassius Clay da caatinga. Está muito chateado, é claro, porque é incômodo você tomar tanta porrada".
Em 1974, em Kinshasa, capital do então Zaire (hoje Republica Democratica do Congo) realizou-se a luta tira-teima entre os pesos pesados Cassius Clay - depois Mohammad Ali - e George Foreman.
Foi uma genial jogada de marketing do controvertido empresário Don King: realizar a luta no Congo e chamá-la de "Rumble in the Jungle" - estrondo, barulho na selva!
O escritor Norman Mailer cobriu o evento e escreveu antológico "A Luta":
"(Quando faltavam vinte segundos para o fim do oitavo round), Ali atingiu Foreman com uma combinação de golpes tão rápidos quanto os que deu no primeiro round. Porém, mais fortes e em sequência mais rápida. Foreman se deu conta de que estava em perigo e começou a procurar sua última proteção. O adversário estava atacando. E não havia (como nos rounds anteriores) cordas nas costas do oponente. O eixo da sua existência tinha sido revertido. Era ele nas cordas, agora. Então, um enorme projetil, exatamente do tamanho de um punho numa luva, penetrou no meio da mente de Foreman - foi o melhor golpe da noite deslumbrada. O golpe que Ali reservou para cingir uma carreira." (Traducão irresponsável de
PHA)
Para assistir à luta memorável:
https://www.youtube.com/watch?v=EAXTvi2W6JAEm tempo:
Marcos Coimbra, na Carta Capital, já tinha, a seu modo, descrito como, no oitavo round, o Lula esmurra a Globo ...
PHA