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A patifaria público-privada

Barrocal expõe as vísceras da roubalheira na Eletrobras e nos Correios
publicado 12/02/2018
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Lemann, Loures da mala e Yunes, o mula: receptadores dolosos

O repórter André Barrocal, na edição de sexta-feira 9/II da revista Carta Capital, trata da "patifaria público-privada": a farra do governo do MT nas negociatas da privatifaria da Eletrobras e dos Correios.

Segundo Barrocal:

- O governo Temer é um "balcãozinho de negócios": bancos, instituições financeiras e milionários em geral fazem pressão por MPs que os favoreçam.

- Dito isso, a Procuradoria Geral da República (PGR) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) parecem não se importar com os escândalos da privatifaria da Eletrobras.

- Afinal, no meio do rolo está Jorge Paulo Lemann, dono de 100 bilhões de reais, um dos cinco homens mais ricos do Brasil, amigo de tucanos e sócio da filha do Careca em uma sorveteria.

- Dois assessores próximos ao MT, - José Yunes, o mula e Rodrigo Rocha Loures, o da mala -, segundo a Operação Patmos da Polícia Federal, estão ligados "de forma estranha" ao processo de venda de distribuidoras da Eletrobras.

- Yunes se reuniu com o diretor de uma empresa portuária para, segundo indícios, discutir a MP 735, que abriu caminho à privatifaria da Eletrobras e de suas distribuidoras.

- Graças a essa MP, o governo quer vender seis distribuidoras estaduais a preço de Vale do Rio Doce: 50 mil reais cada uma! A desculpa é o alto endividamento...

- Já Loures era o membro do Conselho de Administração de uma empresa do setor elétrico, a Neoenergia - sociedade entre o Banco do Brasil, o fundo de pensão Previ e a espanhola Iberdrola - que é candidata a adquirir alguma fatia da Eletrobras.

(Gregório Marín Preciado, primo do Careca José Serra, o maior dos ladrões, é - ou foi - representante da Iberdrola. Saiba mais aqui e aqui.)

- Loures também recebeu um convite para um encontro com Lemann - outro grande interessado na privatização da Eletrobras.

- Os dois repassavam informações estratégicas?

- Os Correios também são vítimas das patranhas do governo MT. Barrocal denuncia uma consultoria para um projeto de "reestruturação" da estatal que custou 35 milhões de reais. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), foi uma ação de "baixa efetividade".

- Servidores que criticaram o projeto foram afastados.

- O Postalis, fundo de pensão dos Correios, está sob intervenção desde outubro.

Em tempo: segundo o professor Gilberto Bercovici, quem comprar na privatifaria dos Golpistas comete crime de receptação.

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