A pior derrota é para essa escória
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O ansioso blogueiro saiu à rua, na manhã dessa segunda-feira radiosa em São Paulo, no bairro de Hygyenopolis, – onde o Bolsonaro é o nosso Rei!, segundo o Esmael.
(E onde o Príncipe da Privataria se refugiou em algum armário, desde domingo de manhã. Vai reaparecer valente e bravateiro numa página do PiG...)
O ansioso blogueiro encontrou um amigo navegante:
- Que coisa, hein? A coisa tá feia!
- Claro, a extrema-direita saiu pra rua!, respondeu o ansioso blogueiro.
- Nunca pensei que houvesse tanto fascista em São Paulo.
- São os mesmos. Só que agora tiraram a máscara.
- É verdade…
- O que você faz, além de acessar o Conversa Afiada…
- Umas quatro, cinco vezes ao dia!
- Mas, você é empresario, professor?
- Sou da Receita Federal.
- E como está lá?
- Tudo dominado pela Direita. Tudo tucano! Até os dentes!
- Que horror!
- A Direita tomou o aparelho de Estado.
- Mas, como foi isso na Receita? Na Receita também?
- Na Receita também. É culpa do “republicanismo” do PT. Que foi deixando a Direita aparelhar a Receita.
- É igual à Policia Federal, ao Ministério Público?
- Se não for pior! Com aquela capa de “fiscal” do dinheiro do povo...
- O Ministro da Fazenda não manda!
- Não ousa!
- Como o Ministro da Justiça não manda na Polícia Federal.
- Igualzinho. E fazem de conta que são “técnicos”, “imparciais”. E a gente sabe como são esses tucanos com pele de técnicos… São os imparciais de Direita… E pau no Lula!
O ansioso blogueiro se despediu e, em casa, meditou sobre palavras do Oráculo de Delfos, aquele que mandou a Dilma mudar, para não cair.
Disse o Oráculo:
- O pior não é fazer um recuo institucional.
O pior é ser derrotado por essa escória.
Ministério Público, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo, Justiça de Primeira Instância (e agora se vê, a Receita Federal).
É porque no espaço amplo do Grande Conflito há conflitos acessórios, localizados.
O Grande Conflito é entre os pobres e os ricos, os brancos e os pardos e negros (porque, como diz a Dilma, no Brasil miséria tem cor…)
E esse Conflito se resolve no largo espaço da Política.
E como a sociedade define suas instituições.
Na Segunda Guerra Mundial, durante o Grande Conflito, havia também a luta dos vietnamitas contra os franceses, a gloriosa resistência chinesa à invasão japonesa.
A Dilma trava hoje um conflito secundário, mas sangrento.
É a luta contra essa escória.
E, pior do que o retrocesso institucional, seria ser derrotada pela escória.
O que caracteriza essa escória?
A crença de que o mérito vale mais que o voto.
Que quem passa num concurso público vale mais que qualquer outro cidadão.
Que o Lula e a Dilma simbolizam a corrupção que só eles sabem extinguir.
Eles julgam e avaliam segundo o “senso comum”.
Ou como interpretam o que seja o “senso comum”.
O Estado, por definição, é ruim, corrupto, safado, inepto.
Como o Barão do Rio Branco, Oswaldo Cruz – para ficar na República Velho.
Dois pilantras!
Éticas são as empresas americanas, aquelas que vão salvar o Brasil da Odebrecht e da Petrobras.
Infalível é a Justiça americana, a quem enviam documentos sigilosos para ferrar o Brasil e a Petrobras.
E além do mais são solidamente ignorantes.
O Moro não domina a Língua Portuguesa.
E os Procuradores não distinguem Engels de Hegel e, portanto, não sabem quem é um nem o outro.
(Assistir à uma reportagem do Domingo Espetacular com os delegados de Curitiba foi um espetáculo lancinante. Revelaram uma articulação verbal e uma clareza de raciocínio de fazer inveja a um mau aluno do Bolsa Família. E que empáfia! O Daiello deveria poupá-los dessa exposição! Faz mal à Força! - PHA)
Evitar que essa turma triunfe é uma guerra secundária no Grande Conflito, mas igualmente decisiva.
Se a China não tivesse esmagado o Japão, o Japão ficaria inteiro para minar a resistência dos Estados Unidos.
São conflitos regionais, mas decisivos.
Essa escória institucional não pode subverter a República.
Ela precisa de chefe!
Para mandar na Receita, na PF e nos Procuradores!
Quanto ao Moro, o Supremo – que tem muitos Mellos – cuidará dele, na devida hora.
Paulo Henrique Amorim
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