"Abin paralela" de Bolsonaro tem de PMs a aliados
(Redes Sociais)
Jair Bolsonaro decidiu, na semana passada, trocar mais uma vez seu telefone celular - a sexta mudança desde que assumiu a Presidência. Ele transferiu para o novo aparelho seus antigos contatos: são mais de dez mil nomes, entre apoiadores civis e militares, políticos e simpatizantes.
Mas, segundo reportagem do Estadão, a parte mais influente é formada especialmente por agentes de órgãos de inteligência e de tropas de elite das polícias. Trata-se de um abrangente serviço particular de informações impulsionado na campanha de 2018.
Em reunião no Palácio do Planalto em 22/IV, Bolsonaro confirmou a seus ministros que mantinha o serviço próprio de informações e desdenhou do trabalho da Abin, da Polícia Federal e dos centros de inteligência das Forças Armadas. “Sistemas de informações: o meu funciona. O meu, particular, funciona”, disse. “Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho.”
"Ainda de madrugada, Bolsonaro costuma selecionar informações recebidas no WhatsApp entre aquelas que precisam ser 'checadas' por seus assessores ou 'cobradas' às respectivas áreas. O presidente costuma encaminhar as mensagens diretamente para ministros e auxiliares", diz o Estadão.