Após sumiço, Moro aparece para defender Bolsonaro
Crédito: Blog da Cidadania
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, buscou contornar o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), feito na última terça-feira (24/III), que contraria as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao coronavírus.
Em entrevista ao Valor Econômico, Moro, que integra o gabinete de crise de enfrentamento ao vírus, disse que o presidente se preocupa com o "bem-estar" das pessoas.
"O presidente tem uma preocupação com a questão econômica. E quando se fala de questão econômica, a gente não está falando de dinheiro, a gente está falando de pessoas. São pessoas que precisam de emprego, de renda. Pessoas que precisam continuar vivendo. Essa epidemia tem impactado também nessa perspectiva. É uma preocupação com o bem-estar. O governo segue as recomendações do Ministério da Saúde. Se é necessário isolamento, é necessário isolamento. Se é necessário quarentena, é necessário quarentena. Isso vai ter que ser observado", afirmou.
Na conversa, o ministro classificou como "ruídos" os embates entre Bolsonaro e governadores.
"Evidentemente, numa situação dessas, podem surgir alguns ruídos. A gente compreende a preocupação com a disseminação da doença, mas algumas medidas talvez tenham sido exageradas. Isso se vai corrigindo pontualmente. Por exemplo, alguns governadores decretaram fechamento de aeroportos. Isso é competência da União, precisa ter aeroportos funcionando para questões de logística, até para receber mercadorias e medicamentos. Às vezes, os governadores querem resolver situações e acabam tomando decisões, bem-intencionadas, mas que têm efeitos colaterais", apontou.
A entrevista completa está aqui.