Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / Até os coronéis respeitam a esperteza do jagunço

Até os coronéis respeitam a esperteza do jagunço

Por que Lula quer conversar?
publicado 05/02/2017
Comments
Glauber.jpg

Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha (Reprodução)

Faz tempo, o jagunço sobe e desce a caatinga.

Sempre perseguido pela volante.

A volante e seus cachorros.

O jagunço não esmorece.

Continua a marcha.

O numero de companheiros aumenta e diminui, a depender das vitórias e dos revezes.

Ele segue, com a companheira Marisa Bonita sempre ao lado.

A caatinga é a mesma: sol, seca, mandacaru.

A volante se aproxima.

Pelas costas, mata Marisa.

O jagunço para.

Chora, impreca contra os facínoras que a mataram, covardemente!

O jagunço avança, corre, agora.

Busca um povoado.

Ele se sente cercado.

A volante parece cada vez mais ameaçadora.

Um coiteiro do jagunço avisa que a volante não é uma, mas muitas: uma vem de Curitiba, outra de uma tal de Poliça Aessista e outra de um Ministéro Federá.

Ele e Corismoto finalmente chegam a uma cidade.

O que faz o jagunço, cuja esperteza e visão até os coronéis admiravam?

O jagunço entra na Igreja.

Pede a bênção ao padre e pede para encontrar o Prefeito.

O que fez o jagunço?

Fugiu ao cerco.

Saiu das cordas.

Ele sabe que precisa chegar vivo a 2018.

Com a bênçao de Padim Pade Ciço.

Assinado: um nordestino que responde à pergunta
desse ansioso blog “por que o Lula quer conversar?