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Bebianno: Bolsonaro não vai acabar bem

Ex-ministro acusa filho do presidente de tentar montar uma Abin paralela no Planalto
publicado 03/03/2020
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Crédito: reprodução

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno, o primeiro a ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou acreditar que o governo do seu ex-alidado "não vai terminar bem".

“A minha grande crítica é que o presidente está atrapalhando. Se você pegar a agenda presidencial vai ver que ele (Bolsonaro) só pensa em reeleição. Ele praticamente não trabalha pelo país (...). O presidente precisa de uma postura mais litúrgica e mais serena. O Brasil precisa progredir e acho que o presidente está atrapalhando", afirmou Bebianno em entrevista ao Roda Viva.

Na conversa, o ex-ministro acusou um delegado da Polícia Federal de participar, junto com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), da tentativa de montagem de uma Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela.

Segundo Bebianno, o episódio aconteceu nos primeiros meses do governo, quando Carlos apareceu com os nomes de um delegado federal e de três agentes que fariam parte de uma suposta Abin paralela. 

Bebianno também disse que Carlos Bolsonaro comanda um "gabinete de ódio" no Planalto.

"Eu disse ao presidente que as notícias falsas não podiam estar dentro do Planalto porque poderiam dar em impeachment. Mas a pressão que o Carlos faz é tão grande que o pai não consegue se contrapor ao filho. É como aquela criança que quer um presente no shopping, esperneia e o pai não tem pulso para dizer não", contou Bebianno.