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Bibi Netanyahu pede imunidade para evitar julgamentos

Amigo do Bolsonaro poderia ir a julgamento antes das eleições
publicado 02/01/2020
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(Reprodução/G1)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na quarta-feira 1º/I que pedirá ao Parlamento que lhe conceda imunidade para evitar ser julgado por três casos de corrupção. É assim que ele tenta adiar julgamentos que poderiam começar antes das eleições previstas para março, nas quais tentará formar uma coalização majoritária que o proteja das acusações.

"Tenho a intenção de apelar para o presidente do Knesset [o parlamento israelense], para exercer meu direito e meu dever se continuar servindo aos cidadãos", disse o amigo de Jair Bolsonaro em transmissão ao vivo para todo o país.

Netanyahu fez o pedido algumas horas antes do término do prazo. A tentativa de obter imunidade  é o último recurso para evitar a ida ao banco dos réus pelas acusações de suborno, fraude e quebra de confiança. Netanyahu é o primeiro premiê israelense acusado de um crime durante o exercício do cargo.

Um pedido de imunidade normalmente precisa ser votado por uma comissão parlamentar. Com o impasse político, entretanto, essa comissão não foi formada após a eleição de setembro. O processo judicial não pode começar até a análise da petição.

A oposição disse que pretende formar a comissão para analisar o caso antes do novo pleito. A decisão do Parlamento sobre o pedido de imunidade pode, ainda, ser apelada ao Supremo Tribunal, algo que atrasaria ainda mais o início do julgamento.

O premiê pode enfrentar até dez anos de prisão se for condenado por suborno e até três anos por fraude e abuso de confiança.

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