Bolsominions se contorcem para explicar acordos de Bolsonaro com Centrão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantem uma faixa fiel do eleitoral, mesmo após a saída de Sergio Moro do governo e acordos abertos com o Centrão.
As denúncias de interferência na Polícia Federal e as notícias sobre rachadinhas também não foram suficientes para que o presidente perdesse todo o apoio.
Os bolsominios, como são chamados os apoiadores, encontram justificativas para a fidelidade ao presidente.
O jornal Folha de S.Paulo conversou com alguns deles, que pejorativamente também são tratados como "gado" de Bolsonaro.
“Gado remete a força, é igual a boi, touro", diz o o engenheiro civil Giovani Falcone ao jornal.
"Quem é chamado de gado?", pergunta-se a advogada Eliane Maffei. “São essas pessoas instruídas, que trabalham, geram empregos, renda e carregam o país nas costas? Não me sinto xingada. Nós somos os ativos do país”, completa.
Na entrevista, os apoiadores relatizivam as declarações do presidente, apoia Bolsonaro contra Moro e não vê problema nos acertos com o Centrão.
“Essa questão de cargo faz parte do jogo político no mundo inteiro. O que havia aqui era simplesmente o objetivo de pilhar a nação", conclui Jonas
"Vamos definir o que é centrão. Fica difícil saber quem apoia o Maia, quem é centrão mesmo. Muitos parlamentares oportunistas vão dizer: 'O Bolsonaro está com força? Vamos apoiar'", opina o professor Aelison Alcântara de Queiroz,.
“Tem que mudar a metade do Congresso para ele governar, mas ele não tá pagando ninguém”, afirma Falcone.
"Essa vida é um jogo de xadrez. Você move uma peça, seu opositor move outra, e você não consegue mais trabalhar. Se ele não negociar, pode sair do governo antes de 2022", frisa o servidor público Silvio Pontes.