Bolsonaro conta votos para barrar impeachment
Crédito: Presidência da República
O risco iminente de impeachment e a tentativa de criar uma base no Congresso fizeram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscar apoio no Centrão, bloco de partidos que conta com PP, PL, Republicanos, PTB, Solidariedade e PSD.
Teoricamente, informa o Estadão, as bancadas das siglas dariam ao presidente votação suficiente para barrar um processo de afastamento. De acordo com o jornal, Bolsonaro teria hoje algo em torno de 173 votos, sem contar eventuais defecções. Ou seja, o presidente tem um voto a mais do que precisa para escapar do impeachment.
O número é suficiente para manter Bolsonaro no cargo, mas não garante vitórias no Congresso. Para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição, por exemplo, são necessários 308 votos.
Bolsonaro promete, mas não entrega
Com 31 pedidos de impeachment batendo à porta, o presidente irritou os novos aliados. Segundo o jornal O Globo, líderes de partidos do centrão já começaram a manifestar insatisfação com a demora do governo em nomear os indicados para uma série de cargos oferecidos pelo governo federal nas últimas semanas. Os nomes aguardam uma análise de currículo no momento.
O PP ficou com as presidências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
O PL teria direito a indicar o presidente do Banco do Nordeste, e o Republicanos, uma secretaria no Ministério do Desenvolvimento Regional. Já o PSD negocia superintendências da Funasa nos estados. Os nomes foram enviados ainda no início da semana passada.
Os líderes partidários esperavam, no entanto, que as nomeações saíssem na última sexta-feira (24/IV)