Bolsonaro derruba a direita na América do Sul
Créditos: José Cruz/Agência Brasil
No Equador, dez dias de protestos populares fizeram com que o presidente Lenín Moreno voltasse atrás em algumas de suas medidas neoliberais.
No Chile, apesar da repressão policial, um milhão de pessoas foram às ruas em Santiago na sexta-feira 25/X contra o governo de Sebastián Piñera.
Evo Morales foi reeleito na Bolívia, à frente do candidato direitista - e o Evo não está nem aí para os protestos do governo Bolsonaro...
Na Argentina, Maurício Macri, adepto do neolibelismo, vai sofrer uma derrota acachapante para a chapa peronista de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições de amanhã - domingo 27/X.
Afinal, o que aconteceu com a tal "guinada à direita", esse movimento de Piñeras, Macris e outros que prometiam sepultar o "bolivarianismo", o "socialismo do século XXI", os "petralhas"?
A população do Chile, da Argentina, do Equador já experimenta o fracasso da propaganda neoliberal, com aumento da miséria, da fome, do desemprego.
Mas, para além disso, existe um outro culpado pela onda de rejeição às ideias da direita?
Para Fernando Almeida, professor da Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF), o tal culpado tem nome e sobrenome:
Jair Bolsonaro.
"O fato de ele apoiar políticos de um perfil que seja próximo ao dele não está beneficiando esses políticos. O que se vê lá fora a respeito de comentários sobre o governo Bolsonaro é, no mínimo, de tristeza. Quem gosta do Brasil fica até triste", disse o professor Almeida em entrevista ao Sputnik Brasil.
Para ele, por exemplo, a desesperada tentativa do presidente brasileiro em demonstrar apoio a Macri pode ser um fator importante para a derrota da direita na Argentina.
Ou seja: Bolsonaro é um péssimo cabo eleitoral!
Algo que o Bibi Netanyahu descobriu tarde demais...
Em tempo: assista também à entrevista exclusiva de Odair Cunha, deputado federal pelo PT de Minas Gerais e membro do PARLASUL - o Parlamento do Mercosul - à TV Afiada: Amigos de Bolsonaro se afundam na América Latina!
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