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Bolsonaro diz que seu governo é o mais democrático dos últimos anos

E que foi vítima de fake news em 2018. 1º de abril já passou...
publicado 05/11/2019
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(Crédito: Marcos Corrêa/PR)

Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira 5/XI que seu governo é um dos mais democráticos do Brasil nos últimos anos. Para (tentar) justificar a declaração, afirmou que nunca defendeu que a internet seja "domada", embora se considere uma das maiores vítima de fake news nas eleições de 2018.

Para ele, outros candidatos não sofreram com esse problema - ou sofreram "muito pouco".

Bolsonaro deu essa declaração durante cerimônia no Palácio do Planalto para comemorar os 300 dias da atual gestão.

A risível afirmação do presidente vem no mesmo dia em que o relatório "Liberdade na Rede 2019: a Crise das Redes Sociais", divulgado pela ONG Freedom House, mostra que o Brasil despencou no ranking de liberdade na internet: tem, agora, 64 pontos, o que o insere na lista dos países "parcialmente livres". São considerados "livres" os países que têm de 70 a 100 pontos.

A justificativa para a piora do Brasil no ranking é o aumento da difusão de notícias falsas em plataformas como WhatsApp e YouTube.

O relatório aponta as eleições presidenciais de 2018 como "um momento decisivo para a interferência digital em eleições no país". Entre os motivos citados pelo relatório para justificar essa conclusão, estão ataques virtuais a jornalistas e entidades governamentais. Segundo o estudo, a manipulação nas redes sociais atingiu "novos patamares".

"Jair Bolsonaro e seu movimento de extrema direita acumularam um grande número de seguidores ao espalharem teorias conspiratórias no YouTube", explica o texto. No Whatsapp, utilizou-se um software especial para "adicionar automaticamente destinatários a uma rede de grupos coordenados", diz o relatório. O texto afirma, ainda, que apoiadores de Bolsonaro "espalharam rumores homofóbicos, notícias enganosas e imagens adulteradas" contra adversários políticos, em especial o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

"Grupos empresariais locais alegadamente financiaram uma campanha de desinformação no WhatsApp contra o oponente de Bolsonaro, numa aparente violação das regras de financiamento da campanha", completa a ONG.

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