Bolsonaro é condenado por preconceito contra quilombolas
Barrar o avanço do ódio e da intolerância! (Reprodução/Twitter)
Via PT na Câmara:
NOTA DA BANCADA DO PT NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Condenação de Bolsonaro por ataques a quilombolas
As Bancadas do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados e no Senado, juntamente com movimentos sociais, celebram a decisão da juíza Frana Elizabeth Mendes, da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, de condenar o deputado federal Jair Bolsonaro ( PSC-RJ) a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos a comunidades quilombolas e à população negra em geral.
A condenação foi em decorrência de ação encaminhada em 6 abril deste ano pelas duas bancadas e movimentos sociais à Procuradoria Geral da República. Na ação, pediu-se investigação contra o deputado do PSC por racismo, depois de uma fala no clube Hebraica, no Rio de Janeiro. O parlamentar falava das terras quilombolas quando afirmou que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais”.
É importantíssima a punição da juíza da 26º Vara Federal do Rio de Janeiro contra mais um ato odioso e racista de Bolsonaro, cuja atuação tem estimulado a escalada do ódio e da intolerância no País.
Na palestra que gerou a punição, Bolsonaro assacou diversas ofensas contra as comunidades indígenas e quilombolas. O parlamentar tem extrapolado todos os limites da ação parlamentar e política, espalhando a intolerância e o ódio, agindo deliberadamente contra os negros, índios e outros segmentos desfavorecidos da sociedade, com o claro intuito de cometer o delito do racismo.
A ação na PGR foi liderada pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), juntamente com Maria do Rosário (PT-RS),Erika Kokay (PT-DF) e Paulão (PT-AL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, com o apoio de outros deputados e senadores do PT e de outros partidos.
O Brasil vive um momento de grave intolerância e ascensão do autoritarismo. Todos os setores da sociedade que buscam um padrão avançado de civilidade, de respeito aos direitos humanos e aos valores que norteiam a convivência harmônica e democrática entre brasileiros e brasileiras não podem tolerar atos bárbaros e retrocessos civilizatórios. Temos que barrar o avanço do ódio e da intolerância.
Brasília, 3 de outubro de 2017
Carlos Zarattini (SP), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados