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Bolsonaro (finalmente) paga dívida com a ONU

Calote poderia tirar direito de voto do Brasil na organização
publicado 12/12/2019
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Bolsonaro discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2019 (Reprodução/Divulgação)

Reportagem de Lorenna Rodrigues e Mateus Vargas no Estadão revela que o governo Bolsonaro irá - finalmente! - quitar parte de sua dívida bilionária junto à Organização das Nações Unidas (ONU).

Conforme o Conversa Afiada mostrou em setembro deste ano, o Brasil deve cerca de R$ 1,7 bilhão à ONU.

O governo irá repassar ainda este mês cerca R$ 549 milhões à organização.

A continuidade do calote poderia fazer com que o Brasil perdesse o direito a voto na Assembleia Geral da ONU e nas agências vinculadas à entidade a partir do dia 1o/I/2020!

O Governo Federal irá repassar também R$ 1,26 bilhão para o Novo Banco de Desenvolvimento - o Banco dos BRICS.

Segundo o Estadão, entretanto, o Brasil continuará a dever dinheiro para outras organizações internacionais: o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Corporação Interamericana de Investimentos (BIDInvest), o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e a Agência Internacional de Desenvolvimento (AID).

Na terça-feira 10/XII, o presidente Jair Bolsonaro fez pouco caso sobre a dívida com a ONU: "Não estou preocupado com isso. Estou preocupado com o Brasil. Muitas das decisões da ONU não interessam para a gente. A gente sabe que está politizado esse negócio. Paciência".

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