Bolsonaro oferece cargos para fugir do impeachment
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta criar uma base mínina de apoio no Congresso Nacional.
Após romper com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro passou a acenar ao Centrão, bloco de partidos que, antes, ele chamava de "velha política".
Nos últimos dias, informa O Globo, o governo federal ofereceu a chefia de três importantes feudos de indicações políticas: Banco do Nordeste, FNDE e Codevasf.
Entre os partidos beneficiados estão PP, Republicanos e PL.
A Codevasf, com orçamento de R$ 1,62 bilhão, tem superintendências cobiçadas por políticos e hoje é controlada por Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicado de Elmar Nascimento (BA), ex-líder do DEM na Câmara.
Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com verba de R$ 54 bilhões, chegou a ser controlado de agosto a dezembro do ano passado por Rodrigo Sergio Dias, indicado do PP. Em janeiro, foi nomeada para a presidência a gestora Karine Silva dos Santos, devido ao "perfil técnico", segundo o Ministério da Educação.
O Banco do Nordeste, com orçamento de R$ 29 bilhões, é alvo de especulações desde o início do governo Bolsonaro. O atual presidente é Romildo Rolim, apadrinhado de Eunício Oliveira. Em maio do ano passado, o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), chegou a ser procurado para indicar um nome para o órgão, mas a negociação acabou não indo para a frente.