Bolsonaro se reúne com ministros para decidir quem substituirá Moro
Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, é o mais cotado
publicado
25/04/2020
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(Créditos: Carolina Antunes/PR)
Do O Globo:
O presidente Jair Bolsonaro se reúne na manhã deste sábado com a cúpula de ministros mais próximos em encontro no Palácio da Alvorada para definir quem será o substituto de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Entre os nomes cotados está o do desembargador aposentado de São Paulo Ivan Sartori, o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o do advogado-geral da União, André Mendonça, e também o do ministro da Secretaria Geral da Presidência e subchefe para Assuntos Jurídicos, Jorge Oliveira.
Enquanto o nome da Justiça segue indefinido, Bolsonaro já avisou a aliados estar decidido a indicar Alexandre Ramagem para comandar a diretoria-geral da Polícia Federal.
Um dos principais conselheiros do presidente, Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, participa da reunião desta manhã no Alvorada. Jorge era o mais cotado para assumir a Justiça pela experiência em direito e também em segurança pública. Ele é major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal. Porém, desde as acusações de Moro sobre eventuais interferências do presidente nas investigações da Polícia Federal, Jorge tem argumentado que a melhor alternativa do governo é fazer uma indicação “técnica” para a Justiça.
Segundo interlocutores, Jorge pondera que a nomeação dele pode dar a interpretação de que Bolsonaro vai “influenciar na PF”, pelo fato de ele ser muito próximo ao presidente e de seus filhos.
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Enquanto o nome da Justiça segue indefinido, Bolsonaro já avisou a aliados estar decidido a indicar Alexandre Ramagem para comandar a diretoria-geral da Polícia Federal.
Um dos principais conselheiros do presidente, Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, participa da reunião desta manhã no Alvorada. Jorge era o mais cotado para assumir a Justiça pela experiência em direito e também em segurança pública. Ele é major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal. Porém, desde as acusações de Moro sobre eventuais interferências do presidente nas investigações da Polícia Federal, Jorge tem argumentado que a melhor alternativa do governo é fazer uma indicação “técnica” para a Justiça.
Segundo interlocutores, Jorge pondera que a nomeação dele pode dar a interpretação de que Bolsonaro vai “influenciar na PF”, pelo fato de ele ser muito próximo ao presidente e de seus filhos.
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Do G1:
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Uma das possibilidades é desmembrar a pasta em duas: uma da Justiça e outra, da Segurança Pública.
Esse desenho não é novidade: existia no governo Temer. Bolsonaro unificou os dois ministérios exatamente para dar mais poder a Moro na Justiça, com o comando da Polícia Federal.
Durante o auge da crie entre Moro e Bolsonaro, em 2019, o presidente voltou a cogitar a separação das pastas, em um movimento que esvaziaria Moro ainda no cargo, pois a Polícia Federal e outras polícias passariam para a Segurança Pública.
Moro, porém, reagiu, e deixou claro que sairia do governo se não tivesse as polícias sob seu comando.
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Uma das possibilidades é desmembrar a pasta em duas: uma da Justiça e outra, da Segurança Pública.
Esse desenho não é novidade: existia no governo Temer. Bolsonaro unificou os dois ministérios exatamente para dar mais poder a Moro na Justiça, com o comando da Polícia Federal.
Durante o auge da crie entre Moro e Bolsonaro, em 2019, o presidente voltou a cogitar a separação das pastas, em um movimento que esvaziaria Moro ainda no cargo, pois a Polícia Federal e outras polícias passariam para a Segurança Pública.
Moro, porém, reagiu, e deixou claro que sairia do governo se não tivesse as polícias sob seu comando.
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