Bolsonaro tem medo que Flávio vá em cana!

O presidente Jair Bolsonaro ainda não fez qualquer comentário a respeito da operação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra ex-assessores de seu filho Flávio Bolsonaro - incluindo a ex-mulher do próprio presidente, Ana Cristina Siqueira Valle, mãe de seu filho Renan.

Na manhã de quarta-feira 18/XII, durante a tradicional conversa com fãs na porta do Palácio da Alvorada, o presidente evitou responder perguntas de jornalistas que esperavam sua posição sobre a operação: "a imprensa vai ficar esperando ali. Quem sabe à tarde eu falo com vocês? Quem sabe à tarde?", disse Bolsonaro.

À tarde, participou de um evento religioso em Brasília - chegou e saiu do local sem passar pela área onde estavam os profissionais da imprensa.

Ao fim do dia, em cerimônia no Palácio do Planalto, evitou fazer um discurso - e saiu do Salão Nobre sem passar pelos jornalistas.

De acordo com reportagem de Gustavo Uribe e Talita Fernandes na Folha de São Paulo, Bolsonaro passou uma única ordem para sua equipe: não tocar no assunto em público!

A preocupação é que a fraqueza do presidente seja explorada pela oposição no Congresso.

Segundo a reportagem, Bolsonaro demonstrava "sinais de abatimento" nas últimas semanas, com o receio de que a investigação contra Flávio tivesse novas reviravoltas.

Desde o fim de novembro, segundo um aliado próximo, "Bolsonaro temia uma possibilidade de prisão" e "de cada dez assuntos que discutia, dois se referiam à situação do filho".

Na manhã desta sexta-feira 13/XII, sem entrar em maiores detalhes, o presidente afirmou que já esperava novas suspeitas contra seus familiares: "outras acusações virão, armações, sabem de quem".

Em tempo: no fim da tarde desta quarta-feira 18/XII, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro se encontraram no Palácio da Alvorada. O encontro não consta da agenda oficial da Presidência.

Em seguida, o presidente recebeu também o filho Eduardo Bolsonaro e o advogado da família, Frederik Wassef.

O assunto da conversa não foi revelado.