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Bolsonaro tentou ressuscitar Oswaldo Aranha

É porque ele diz que ama o "nosso" Israel...
publicado 01/04/2019
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Oswaldo Aranha preside a 2ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em 16/X/1947

De Luiz Antônio Araujo, da BBC News Brasil:

Ao chegarem ao Brasil em dezembro de 2018 para a posse de Jair Bolsonaro, integrantes da comitiva do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressaram satisfação por visitar a "terra de Oswaldo Aranha". As manifestações foram tantas que, impressionado, o presidente eleito perguntou a um diplomata graduado: "Não é o caso de convidar esse Oswaldo para um encontro com a comitiva?".

O episódio, relatado por uma testemunha ao escritor, bibliófilo e neto Pedro Aranha Corrêa do Lago, encerra mais do que uma gafe presidencial. "Oswaldo" morreu de infarto do miocárdio aos 75 anos, em 27 de janeiro de 1960, no Rio de Janeiro.

Passadas quase seis décadas de sua morte, é mais fácil encontrar referências a Aranha em cardápios de restaurantes cariocas - onde um filé batizado em sua honra é prato tradicional - ou em poucas dezenas de placas de ruas. Em sua época, porém, poucos brasileiros tiveram tanta projeção mundial.

A curiosidade pelo advogado, político e diplomata Oswaldo Euclides de Sousa Aranha (1884-1960) deve ganhar impulso com a visita de Bolsonaro a Israel.

"É motivo de muito orgulho para mim e para o povo do meu país o papel que o nosso chanceler Oswaldo Aranha desempenhou na criação do nosso Estado de Israel. Eu disse nosso", afirmou Bolsonaro em discurso ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante cerimônia de recepção à comitiva brasileira.

Em Jerusalém, ponto alto da agenda, uma praça central mantida com doações de empresas e entidades brasileiras homenageia Aranha. Na internet, a página dedicada ao lugar lembra-o como "chanceler do Brasil e presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que deu seu apoio à decisão da ONU pela Partilha da Palestina em 1947, que levou à criação do Estado de Israel".

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