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Caso Queiroz: STJ nega recurso de Flávio Bolsonaro para suspender apuração

Cadê o Queiroz?
publicado 17/04/2020
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O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta sexta-feira 17/IV um habeas corpus pedido em março pela defesa do senador Flávio Bolsonaro. O recurso do filho do presidente da suposta República tentava paralisar as investigações sobre peculato e lavagem de dinheiro em seus tempos de deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo O Globo, o senador argumenta que ocorreu quebra de sigilo fiscal e bancário na comunicação feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre suas movimentações atípicas.

Diz a reportagem de Juliana Dal Piva e Chico Otavio:

Os relatórios de inteligência financeira, que instruíram a primeira fase das investigações, revelaram movimentações atípicas de recursos no gabinete de Bolsonaro, na época em que era deputado estadual no Rio. O primeiro mostrou a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão de Fabrício Queiroz - o documento abriu as investigações. Depois, por meio de outro relatório, ficou conhecido que o senador fez 48 depósitos de R$ 2 mil totalizando R$ 96 mil ao longo de cinco dias em junho de 2017. Esse relatório é um dos que a defesa alega que ocorreu quebra de sigilo bancário sem autorização judicial. Em abril do ano passado, o TJ do Rio autorizou a quebra de sigilo fiscal e bancário de Flávio e outras 95 pessoas e empresas.

Obtidas pelo Globo, as contrarrazões do MP-RJ, que contestaram a argumentação de Flávio no STJ, defendiam que o compartilhamento de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com os promotores do caso ocorreram de modo legal e dentro do que ficou previsto no julgamento do Supremo Tribunal Federal em novembro do ano passado. Na petição ao STJ, os promotores disseram que “o presente recurso não possui nenhuma lógica ou fundamentação jurídica dotada de razoabilidade”.