China: EUA disseminam pânico sobre coronavírus

Autoridades da China acusam os Estados Unidos de disseminar pânico e reagir equivocadamente ao surto de coronavírus. Pelas regras adotadas pelo governo de Donald Trump nos últimos dias, cidadãos estadunidenses que cheguem de outros locais da China que não a província de Hubei (onde fica Wuhan, cidade que é o epicentro da epidemia) devem se submeter a 14 dias de "quarentena autoimposta". Já os viajantes que tenham passado por Hubei serão submetidos a quarentena obrigatória.

Além disso, cidadãos estrangeiros que estiveram na China recentemente serão barrados ao tentar entrar nos EUA.

"Até a mídia e os especialistas americanos duvidam das decisões do governo e entendem que as restrições impostas pelos Estados Unidos são exatamente o que a OMS [Organização Mundial da Saúde] rejeita. São precisamente países desenvolvidos como os EUA, com forte capacidade e instalações de prevenção de epidemias, que estão liderando a imposição de restrições excessivas, contrárias às recomendações da OMS”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.

Segundo ela, Washington está “manipulando e espalhando o pânico incessantemente”.

Em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que proibições de viagens são desnecessárias. "Não há razão para medidas que interfiram desnecessariamente nas viagens e no comércio internacional", disse.