Ciro: milagre pode vir dos movimentos populares
Golpe é um assalto aos pobres
publicado
29/04/2016
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No site do PDT:
CIRO NA PUC-SP: IMPEACHMENT É ASSALTO AOS INTERESSES DOS POBRES
O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, em palestra nesta quinta (28/4) na PUC de São Paulo, criticou a campanha da mídia para derrubar a presidente Dilma, chamou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mais uma vez, de “gângster”; e falou de sua possível candidatura à presidência em 2018 pelo PDT. Na opinião de Ciro, é fundamental uma renovação da esquerda brasileira.
“O que está acontecendo [o processo de impeachment] é basicamente um assalto aos interesses da população mais pobre”, afirmou em entrevista ao jornalista Ivan Longo da revista Forum. Crítico ao governo Dilma Rousseff, mas opositor ferrenho do processo de impeachment, o ex-governador do Ceará alertou sobre a necessidade de renovação da esquerda brasileira e de um “mea culpa” do PT.
“Não acho razoável que o PT não faça pelo menos um mea culpa e não ceda a oportunidade a outros quadros. Não precisa ser eu, mas é preciso renovar a política brasileira”, disse Ciro, pré-candidato à presidência em 2018 pelo PDT.
Segundo Ciro, sua pré-candidatura se dá, justamente, pela “ameaça” que passa a democracia brasileira.
“Eu aceitei a convocação do meu partido para assumir uma pré-candidatura por que nós consideramos que, neste momento, a democracia brasileira está sendo violentada, está sendo ameaçada na sua sanidade. Que a gente se organize, que a gente organize movimentos de opinião, referências, de gente que tenha algo a dar para a população. E eu tenho uma experiência e não me sinto autorizado a faltar ao Brasil nem ao nosso povo nesse momento”, explicou o ex-ministro que em 2002 apoiou Lula no segundo turno das eleições.
Para Ciro, a esquerda brasileira saberá, sim, se renovar, pois seus valores são “universais e perenes” e sempre haverá “o imperativo moral para superar as desigualdades, a violência, o desamor e a infelicidade consumista”, que, segundo ele, são componentes que colocam o Brasil em uma tragédia coletiva.
“Especialmente com componentes caricatos, se não trágicos, como vimos no parlamento presidido por um gângster”, completou.
Ciente do alto risco que existe do Senado aprovar o impeachment de Dilma, Ciro acredita, contudo, em um milagre para barrar o afastamento que, segundo ele, viria da mobilização popular porque, frisou, “o que está acontecendo é um assalto aos interesses da população mais pobre”.
Ele acrescentou:
“Estou lutando para que esse tragédia [o impeachment] não aconteça. Evidentemente sou vivido, sou experiente, sei qual é a probabilidade hoje, mas acho que é possível que aconteça um milagre, e esse milagre é a mobilização popular. O povão, nosso povo mais pobre, não sabe ainda a tragédia que o ameaça. E se a gente conseguir, mesmo perfurando a interdição da grande mídia, conseguir que nosso povo acorde, e perceba que o que está acontecendo é basicamente um assalto aos interesses da população mais pobre, e esse povo vier para rua e cercar o Senado, quem sabe esse milagre não aconteça”.
Na palestra na Pontifícia Universidade Católica (PUC) Ciro fez diagnósticos sobre a crise política e alternativas para o desenvolvimento brasileiro. No convite do Facebook para o evento, os organizadores já ofereceram um diagnóstico preliminar da conjuntura política nacional.
“Desde o período que antecedeu o golpe militar de 1964, o país não passa por uma disputa tão intensa de projetos de Nação, que divergem por suas essências ideológicas, mas se assemelham pelas suas faces intrinsecamente sistêmicas, demonstrando a ineficácia das instituições políticas brasileiras bem como a inoperância daquilo que é chamado de ‘governo de coalizão partidária’”.
Para os organizadores do evento na PUC, é fundamental criar um espaço de debate para discutir alternativas para o retorno do desenvolvimento.
(...)
Veja o debate:
“O que está acontecendo [o processo de impeachment] é basicamente um assalto aos interesses da população mais pobre”, afirmou em entrevista ao jornalista Ivan Longo da revista Forum. Crítico ao governo Dilma Rousseff, mas opositor ferrenho do processo de impeachment, o ex-governador do Ceará alertou sobre a necessidade de renovação da esquerda brasileira e de um “mea culpa” do PT.
“Não acho razoável que o PT não faça pelo menos um mea culpa e não ceda a oportunidade a outros quadros. Não precisa ser eu, mas é preciso renovar a política brasileira”, disse Ciro, pré-candidato à presidência em 2018 pelo PDT.
Segundo Ciro, sua pré-candidatura se dá, justamente, pela “ameaça” que passa a democracia brasileira.
“Eu aceitei a convocação do meu partido para assumir uma pré-candidatura por que nós consideramos que, neste momento, a democracia brasileira está sendo violentada, está sendo ameaçada na sua sanidade. Que a gente se organize, que a gente organize movimentos de opinião, referências, de gente que tenha algo a dar para a população. E eu tenho uma experiência e não me sinto autorizado a faltar ao Brasil nem ao nosso povo nesse momento”, explicou o ex-ministro que em 2002 apoiou Lula no segundo turno das eleições.
Para Ciro, a esquerda brasileira saberá, sim, se renovar, pois seus valores são “universais e perenes” e sempre haverá “o imperativo moral para superar as desigualdades, a violência, o desamor e a infelicidade consumista”, que, segundo ele, são componentes que colocam o Brasil em uma tragédia coletiva.
“Especialmente com componentes caricatos, se não trágicos, como vimos no parlamento presidido por um gângster”, completou.
Ciente do alto risco que existe do Senado aprovar o impeachment de Dilma, Ciro acredita, contudo, em um milagre para barrar o afastamento que, segundo ele, viria da mobilização popular porque, frisou, “o que está acontecendo é um assalto aos interesses da população mais pobre”.
Ele acrescentou:
“Estou lutando para que esse tragédia [o impeachment] não aconteça. Evidentemente sou vivido, sou experiente, sei qual é a probabilidade hoje, mas acho que é possível que aconteça um milagre, e esse milagre é a mobilização popular. O povão, nosso povo mais pobre, não sabe ainda a tragédia que o ameaça. E se a gente conseguir, mesmo perfurando a interdição da grande mídia, conseguir que nosso povo acorde, e perceba que o que está acontecendo é basicamente um assalto aos interesses da população mais pobre, e esse povo vier para rua e cercar o Senado, quem sabe esse milagre não aconteça”.
Na palestra na Pontifícia Universidade Católica (PUC) Ciro fez diagnósticos sobre a crise política e alternativas para o desenvolvimento brasileiro. No convite do Facebook para o evento, os organizadores já ofereceram um diagnóstico preliminar da conjuntura política nacional.
“Desde o período que antecedeu o golpe militar de 1964, o país não passa por uma disputa tão intensa de projetos de Nação, que divergem por suas essências ideológicas, mas se assemelham pelas suas faces intrinsecamente sistêmicas, demonstrando a ineficácia das instituições políticas brasileiras bem como a inoperância daquilo que é chamado de ‘governo de coalizão partidária’”.
Para os organizadores do evento na PUC, é fundamental criar um espaço de debate para discutir alternativas para o retorno do desenvolvimento.
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Veja o debate: