Como a larva do FHC defende os ladrões do PSDB
O FHC Brasif, o Farol de Alexandria, o regente da Privataria Tucana, aquele que comprou a reeleição com o envelope marrom do Sérgio Motta (e ainda sobrou para comprar uma fazendola em Minas, como demonstra, irrefutavelmente, o Principe da Privataria, do Palmério Dória) lança um livro por semana.
Como estudou "O Capital" de Marx deve acreditar que a quantidade faz a qualidade.
(Só na província de São Paulo o fato de seis pessoas se reunirem esporadicamente para ler capítulos do Capital - em alemão? - faz delas renomados intelectuais. Por esse critério, a maioria da população de Cuba, da União Soviética e da China Comunista, desde jovem, formaria Repúblicas de Platão. Quá, quá, quá!)
(A desgraça do Tartufo é que toda a "obra" dele, somada, não vendeu o que vendeu uma único livro do Jessé Souza, "A Elite do Atraso", onde FHC é o que é: um blefe!)
FHC não tem existência política mais.
Ele é um personagem de um manual de zoologia fantástica do Jorge Luis Borges, "El libro de los seres imaginarios" (ler Em tempo).
Ele só tem vida no PiG.
Acabou de lançar por editora do PSDB seu 983o livro - este ano! -, "Crise e reinvenção (sic) do Brasil" e, como o Caetano Velloso, quando produz disco novo, dá 489 entrevistas simultâneas.
Na única que presta, a Maria Cristina Fernandes, no caderno "Eu&Fim de Semana", no PiG cheiroso, ele defende os ladrões do PSDB de uma forma... digamos... no mínimo... ofensiva, desrespeitosa, para ser gentil:
(...) Valor: O senhor diz no livro que "o novo hoje entre nós é que há muita gente poderosa na cadeia". O ex-governador Eduardo Azeredo está aí, denunciado há mais de dez anos e tem se valido dessa tradição protelatória para não ser condenado definitivamente; o senador Aécio Neves, que foi flagrado num grampo pedindo propina e tem escapado no Supremo [no dia seguinte, o senador tornou-se réu]; e finalmente o ex-governador Alckmin, cujo processo foi mandado para Justiça Eleitoral, a despeito de a empreiteira acusada de caixa dois ter obras no Estado de São Paulo. (A Justiça de São Paulo incriminou seis presidentes do metrô na jestão do Santo do Alckmin, e ainda faltam gordos tucanos nessa cadeia, como demonstra a TV Afiada - PHA) O PSDB escapa desse novo? Por quê?
FHC: Não seria o PSDB, no caso, seria a Justiça que estaria escapando. São três situações diferentes. Alckmin é citado num processo de caixa dois como citado, não há nenhuma conexão de causa e efeito. A Justiça não pode julgar citações. Qual é a prova? Não tem nada. Por que foi para Justiça Eleitoral? Porque é caixa dois. Ele tinha o foro privilegiado, já não tem. Se deixou de ter, alguém vai ter que responder. Onde? Na Justiça em que ele é citado. Isso não é coisa nova nem antiga, é a lei. No caso do Aécio, a citação diz respeito ao que se deu na esfera privada. Não estou defendendo, estou dizendo: ele não deu, "dá cá, toma lá". Por que o [Fernando] Collor foi absolvido no Supremo? Porque o Fiat Elba que ele recebeu foi a troco de nada, não houve peculato. No caso do Aécio, pegou dinheiro emprestado. Você pode discutir por que pedir deste e não daquele... Tudo bem, é um julgamento possível. No caso do Lula é uma outra coisa diferente: é uma acusação que passou pela Justiça, não sou juiz, não li o processo, não vou julgar. Nunca fiz nenhuma afirmação condenando A, B ou C, porque acho que tem que olhar com atenção os autos. Se você pegar meu nome, puser lá na internet, tenho um apartamento em Paris. Tem até fotografia. Nunca tive! Agora, respeito a Justiça. Está decidido, decidiu. Apele-se! Mas são casos diferentes. E, em todos os casos, estamos vendo que, de qualquer maneira, pessoas de grande projeção, de muitos recursos sendo processadas. Isso é importante, porque é novo. E não acho que haja diversidade em função de influência. Pode haver diversidade em função da diferença dos casos.
Valor: E o Azeredo?
FHC: Azeredo está sendo processado. Por que o Barroso tem razão nisso? Porque, efetivamente, tal como a lei existe até hoje, você protela indefinidamente. Mas não é o Azeredo; é todo mundo que tem recurso. Ele é acusado, mas não conheço o processo. Era presidente do partido e eu até dei uma declaração dizendo que devia ser investigado. Qual é a acusação? É dinheiro de campanha que teria sido dado. O que a lei manda fazer, que se faça. (...)
Em tempo: a ilustração abaixo é de Baldassari, na edição de 1967 de "El libro de los seres imaginarios", de Borges, pela Editorial Kier, de Buenos Aires. É para representar os seres imaginários "lêmures", ou larvas, que eram as almas dos mortos malvados, que vagavam pelo mundo para espalhar o horror - PHA
Os lêmures ou as larvas de Borges