Corrente majoritária do PT quer Haddad na liderança
Gleisi (E) quer a reeleição, mas corrente majoritária defende Haddad na presidência do PT (Reprodução)
De Sergio Roxo, no Globo Overseas:
A corrente interna Construindo um Novo Brasil (CNB), que é majoritária dentro do PT, intensificou nos últimos dias a pressão para que candidato derrotado à Presidência da República, Fernando Haddad, assuma o comando do partido no lugar da atual presidente, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). A eleição vai ocorrer durante o congresso da legenda, em novembro.
A posição em favor de Haddad, hoje tida como dominante na CNB, contraria o desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende a permanência de Gleisi. A deputada paranaense também tem intenção de continuar no posto. Haddad e Gleisi têm uma relação cordial publicamente, mas colecionam uma série de desavenças desde a campanha eleitoral do ano passado.
Um integrante da CNB com assento na executiva da legenda afirma que com Haddad na direção o PT deixaria claro para a sociedade que pretende construir um projeto para voltar ao poder. Com Gleisi, em sua avaliação, a legenda se limita a fazer "resistência".
Para não confrontar Lula, os integrantes da CNB não têm tornado pública a preferência pelo presidenciável. O silêncio foi quebrado no último sábado com a divulgação de um manifesto em favor de Haddad pelo presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, que é integrante da corrente.
Com o título "Calma, Haddad vem aí", o texto, publicado no site "Brasil 247", afirma: "Então a boa notícia que o PT pode dar ao povo brasileiro a partir de novembro, quando termina a sua fase de congressos, é o chamamento ao professor Haddad para assumir o comando do partido e a partir dele, chamar o país a união em torno de objetivos democráticos, de Justiça e felicidade para o povo, que se traduzem em luta para que todos tenham casa, comida e trabalho".
— As discussões precisam ser feitas à luz do dia. Não tenho nada contra a Gleisi, mas o Haddad fala mais com a sociedade. Foi o nosso candidato a presidente da República. Se o Lula não estiver habilitado em 2022, ele é o candidato a presidente. Então, ele é melhor nome para ampliar a nossa relação com a sociedade — afirmou Quaquá ao GLOBO.
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