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CPMI das Fake News quer acesso a material do Facebook sobre Bolsonaro

Comissão deve quebrar sigilos de 60 pessoas
publicado 09/07/2020
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(Reprodução)

A CPMI das Fake News, que volta a funcionar em agosto, vai solicitar ao Facebook o acesso ao material das contas falsas ligadas a funcionários dos gabinetes de Jair Bolsonaro e de seus filhos Eduardo e Flávio que foram removidas da rede social nesta quarta-feira 8/VII.

“Vamos receber esse conteúdo e, a partir daí, decidir se convocamos os envolvidos”, disse à Folha de S.Paulo o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que preside a comissão.

Segundo ele, haverá uma análise para a confirmação de que as mensagens das respectivas contas disseminavam ódio e desinformação, como afirma a plataforma. A CPMI votará também a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de mais de 60 pessoas.

Ainda na quarta-feira, a oposição pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investigue a ligação de assessores de Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados com as contas falsas derrubadas pelo Facebook.

Parlamentares afirmam que a medida do Facebook reforça as investigações da CPMI das Fake News. “É uma confirmação necessária e reforça o que investigamos até aqui”, afirmou à Folha a relatora Lídice da Mata (PSB-BA) que vai pedir acesso aos dados da rede social.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) revelou que vai pedir a reativação da comissão.

“O presidente [do Senado] Davi Alcolumbre (DEM-AP) precisa reativar a CPMI. Essa milícia propaga desinformação até sobre a pandemia. A partir disso, a investigação e a punição têm que ser mais céleres no Congresso em relação aos envolvidos”, afirmou.