Debate na Band foi para calar Ciro e Lula
Como sempre, o debate na Band não terá a menor importância na eleição (Reprodução: Bandeirantes)
O Debate foi na Band: ou seja, não terá a menor importância.
A Band e seus três (sic) jornalistas conseguiram esconder o Lula e o Ciro.
Até as 23h27, Ciro só apareceu três vezes.
Depois disso, quando nem o Fernando Mitre estava acordado, o Ciro apareceu mais sete.
Lula foi citado uma única vez.
Um cabo patriota e o patético embotoxado Alvaro Dias apareceram mais.
Alckmin Golpista e Centrista repetiu a ladainha neolibelês e defendeu com aquela ênfase de chá de erva-cidreira a abolição da Lei Áurea, com a "reforma trabalhista".
A Bláblárina blablarinou.
Como diz o professor Wanderley Guilherme dos Santos, ainda é preciso explicar o fenômeno da fadinha da Floresta na política eleitoral brasileira.
É o vácuo misturado com placebo, a serviço de causas obscuramente anti-nacionais - e que sobrevive!
Meirelles surrupia os sucessos do Governo Lula e esculhamba a Dilma.
E esconde o Temer numa conta secreta do BankBoston.
Nem o MDB leva ele a sério.
Alckmin é o verdadeiro Meirelles.
Bolsonaro é patético.
Como disse o Boulos, Bolsonaro é o racista, homofóbico, neonazista, que não tem nada além da granada com que pretende detonar a insegurança dos mais pobres.
Porém, a companhia do banqueiro Paulo Guedes revela sua verdadeira natureza: o entreguismo mais primitivo.
Salvou-se Boulos.
Com a criativa denúncia de que havia ali vários tons de Temer!
E desmascarou a pretensa moralidade do Bolsonaro ao invocar a funcionária fantasma Dona Wal, que trabalha no gabinete do deputado em Angra dos Reis...
Foi de Boulos a menção solitária a Lula: começou sua primeira frase com "Boa Noite, Lula!"
Ciro não conseguiu expor suas melhores ideias.
Entre outros motivos, porque Ciro não sabe falar pouco - como exigem os debates.
E como exigirão os 28 segundos que terá de tempo de tevê.
Ciro poderia trocar o estilo descritivo pelo manchetado, metafórico - do Boulos!
De resto, a Band é o que é.
O debate mostrou apenas o que virá daqui para a frente: menos Ciro e nada de Lula!
Em tempo: a Bláblárina deveria ganhar um colar indígena toda vez que usasse "implementar" e seus derivados. Ia abrir uma barraquinha "empreendedora" de artesanato em frente a cada agência do Itaúúú.