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Delfim volta a dizer que o PT traiu Ciro em 2018

"Se tivessem mantido o programa original, provavelmente Ciro seria presidente"
publicado 27/07/2020
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(Rádio Jornal)

O economista e ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto reforçou, em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira 27/VII,  suas afirmações à TV Globo sobre os bastidores da corrida presidencial em 2018. Na semana passada, ao Conversa com Bial, Delfim disse que o PT traiu Ciro Gomes nas últimas eleições. “Lula tinha organizado Ciro como presidente e Haddad como vice. Os dois foram ao meu escritório, [o jornalista] Mario Sergio Conti é testemunha. O objetivo era formular um programa de desenvolvimento do Brasil para sair da situação complicada em que se encontrava. Se não tivessem traído o Ciro, ele teria sido eleito. PT não teve a grandeza de ser o segundo na chapa", afirmou.

Na quinta-feira 24/VII, o candidato à Presidência pelo PT em 2018, Fernando Haddad, rebateu: “me dou bem com o Delfim, é um interlocutor antigo, mas ele usou uma palavra que não faz o menor sentido. Nunca houve nenhum acordo com o Ciro para ser traído”.

Nesta segunda, Delfim comentou a resposta de Haddad: "foi bem assim, mesmo. Tem uma testemunha, que é o Mario Sergio Conti. Escreveu meia página na Folha no dia seguinte à reunião. A reunião foi no meu escritório aqui em São Paulo. Ciro, Haddad... Fomos discutir um programa de governo a pedido do Lula. Esse programa começou a funcionar. O Lula estava impedido. Ele colocou o Haddad na esperança de que pudesse ser candidato", disse Delfim.

"Considero Lula uma pessoa extraordinária, tem inteligência, um diamante bruto. Mas, no caso aqui, eles traíram o Ciro, o Ciro está certo. Na verdade, se eles tivessem mantido o programa original, provavelmente o Ciro seria presidente", completou.

Aqui está a íntegra da entrevista de Delfim à Rádio Jornal: