Na ONU, denúncias contra Bolsonaro vão crescer
Imagem: Ueslei Marcelino
O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deverá ser alvo no CDH (Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas) de um volume crescente de denúncias, quando o mecanismo voltar a se reunir em junho.
A informação é do Valor Econômico.
As acusações vão da negação da gravidade da pandemia até tratamento dado aos indígenas, o enfraquecimento da proteção da Amazônia e o projeto autoritário que está em curso.
De acordo com o jornal, o tratamento dado por Bolsonaro ao combate à pandemia abriu o potencial para um leque de denúncias contra ele na cena internacional. A recente revelação do discurso do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em reunião no Planalto, para enfraquecer a proteção ambiental, igualmente será alvo de denúncia no CDH.
Uma denúncia contra o presidente foi apresentada pelo presidente e vices da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Em documento de 21 páginas, eles dizem que desde 2016 o Brasil passa por “uma série de rupturas do Estado Democrático de Direito, o que se agravou com a eleição de um apologista da tortura e da ditadura à Presidência da República em 2018”.
O documento enviado à Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, ao relator especial sobre execuções sumárias ou arbitrárias, Agnes Callamard, e ao relator especial para promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não recorrência, Fabian Salvioli, foi assinado pelos deputados Helder Salomão (PT-ES), Padre João (PT-MG), Túlio Gadêlha (PDT-PE) e Camilo Capiberibe (PSB-AP).