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Depois da Venezuela, EUA vão tentar um Golpe em Cuba!

Wall Street Journal: Nicagarágua também está no radar!
publicado 01/02/2019
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Miguel Díaz-Canel, Presidente de Cuba, e Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela, em Havana, abril de 2018 (Crédito: Alejandro Ernesto/EPA)

De Ian Talley, no Wall Street Journal (clique aqui para ler o original, em Inglês):

A tentativa do Governo Trump de tirar do poder o Presidente da Venezuela marcou o início de uma nova estratégia para os EUA exercerem maior influência sobre a América Latina, segundo funcionários do governo.

No horizonte não está apenas Nicolás Maduro, da Venezuela, mas também Cuba, um antagonista que tem dominado a atenção americana na região há mais de 50 anos, bem como recentes incursões feitas pela Rússia, China e Irã.

Enquanto Maduro e seu antecessor, Hugo Chávez, por muito tempo condenaram Washington, o Governo Trump está cheio de oficiais que há muito acreditam que Cuba é a ameaça mais séria à segurança nacional. Eles citam as operações de inteligência de Cuba nos EUA e seus esforços para disseminar visões antiamericanas em outros países latino-americanos.

O objetivo, segundo o Governo, é romper os laços que ligam a Venezuela a Cuba e afundar os regimes em ambos os países.

Essa assertividade dos EUA decorre do desejo da Casa Branca de reverter uma reaproximação parcial com Havana feita pelo Governo Obama, por meio da flexibilização das sanções e da abertura da ilha ao investimento norte-americano.

A política do Governo Trump, desenvolvida nos últimos dois anos, foi impulsionada em parte pela ascensão dos críticos de Cuba, incluindo Mauricio Claver-Carone, oficial do Conselho de Segurança Nacional que dedicou grande parte de sua vida à deposição de Fidel Castro. A política foi moldada pelo lobby de autoridades eleitas, como o senador republicano Marco Rubio e o deputado Mario Diaz-Balart, que têm um grande número de eleitores com conexões com a Venezuela.

A inteligência cubana está profundamente integrada nos militares venezuelanos e no aparato de segurança do Governo Maduro. A Venezuela, por sua vez, fornece a Havana petróleo bruto a praticamente nenhum custo, um volume que chegou a atingir 100 mil barris de petróleo por dia. Como cada país se tornou mais isolado, eles fortaleceram os laços com Moscou, Teerã e Pequim.

Depois da Venezuela e de Cuba, autoridades dos EUA voltarão os olhos para a Nicarágua. O Departamento de Estado alertou repetidamente para a guinada do país em direção a um governo autocrático, à repressão governamental e à violência. Os nicaraguenses estão se juntando ao fluxo de migrantes em direção à fronteira dos EUA com o México.

(...)

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