DIAP: PT pode eleger 65 deputados federais
O Conversa Afiada reproduz levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP:
Este levantamento — elaborado em parceria entre o DIAP e as empresas Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical e Monitor-Leg Comunicação Legislativa — tem o propósito de antecipar os nomes dos candidatos com mais chances de eleição e ainda prever a bancada de cada partido na composição da futura Câmara dos Deputados. O prognóstico foi elaborado com projeção de números mínimo e máximo de possíveis eleitos por partido.
O prognóstico, que faz parte da série Estudos Políticos, é o 3º produto do DIAP sobre estas eleições de 2018 — o 1º foi a cartilha Eleições Gerais 2018, o 2º, o diagnóstico sobre os candidatos à reeleição e o 4º vai ser a Radiografia do Novo Congresso.
Para identificar os nomes mais competitivos, a equipe do DIAP e das empresas Queiroz Assessoria e Monitor-Leg levou em consideração 6 variáveis:
1) pesquisas de intenções de votos;
2) histórico eleitoral dos partidos e de seus candidatos;
3) coligações em cada estado;
4) projeções dos próprios partidos (lideranças e diretórios);
5) estrutura da campanha dos candidatos, inclusive recursos financeiros e acesso ao horário eleitoral gratuito; e
6) estratégias partidárias.
O DIAP faz esse tipo de levantamento desde 1990 e seu nível de acerto supera 90%, o que lhe garante credibilidade. Diferentemente de muitas outras previsões, o DIAP não se limita a prever a futura composição dos partidos, avança fornecendo os dados com os números possíveis de cada coligação ou partido, bem como os nomes dos candidatos com mais chances de eleição.
Alertamos, desde logo, que trabalhos com estas características, destinados a identificar os candidatos mais competitivos, estão sujeitos a imprecisões e surpresas, razões pelas quais o fato de constar o nome nesta lista não significa que o candidato será eleito nem a ausência significa derrota. O motivo de eventuais imprecisões decorre, de um lado, do cálculo do quociente eleitoral, e, de outro, da existência de coligação, que dificultam a precisão do partido e do nome que pode ser eleito dentro da coligação.
Advertimos, ainda, que não se trata de pesquisa eleitoral ou de indicação de voto, mas apenas, e exclusivamente, de exercício de previsão para possibilitar leitura acurada e reflexão aos agentes econômicos e sociais sobre a futura composição do Congresso e sobre a governabilidade do futuro presidente da República.
Com informações quantitativas e qualitativas, pode-se antecipar que a futura Câmara terá renovação entre 40% e 45%, com a reeleição de algo em torno de 300 deputados, terá pequeno crescimento dos partidos de esquerda e de direita e discreta queda nos partidos de centro, mantendo-se muito próxima da composição atual em termos de distribuição partidária. O levantamento considera o possível desempenho de cada partido em cada uma das 27 unidades da Federação.
Segundo a tabela a seguir, com a sistematização e a tabulação da pesquisa por partido, é possível afirmar que o PT terá a maior bancada, seguido do MDB, PSDB, PP e PSD, num intervalo entre 40 e 65 deputados.
Num 2º grupo estão o PR, seguido do DEM, PSB, PDT e PRB, com bancadas variando de 20 e 40 deputados.
Num 3º bloco estão: PTB, PSL, Pros, PSC, PPS, PCdoB, Pode, PSol e SDD, com bancadas entre 10 e 20 deputados.
Num 4º grupo, entre 5 e 10 deputados, estão a Rede, o Novo, o Avante e o PV. E por, último, abaixo de 5, estão: PRP, Patri, PRTB, PTC, etc.
Por fim, também é possível prever que entre 15 e 20 partidos devem alcançar a cláusula de barreira, ou seja, atingir pelo menos 1,5% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos em 1/3 (9) estados com ao menos 1% do eleitorado de cada estado ou eleger ao menos 9 deputados por diferentes estados.
O trabalho, elaborado/organizado por região, teve a coordenação de Antônio Augusto de Queiroz, que é jornalista, consultor, analista político, sócio-diretor da Queiroz Assessoria e diretor de Documentação do DIAP.
*Introdução atualizada nesta quarta-feira (3), às 12h48
A Diretoria
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