Política

Você está aqui: Página Inicial / Política / Dilma: “brincadeirinha de frente democrática sem ‘fora, Bolsonaro’ é estarrecedora”

Dilma: “brincadeirinha de frente democrática sem ‘fora, Bolsonaro’ é estarrecedora”

Tudo começou em 2013...
publicado 06/07/2020
Comments
Untitled-34.jpg

(CartaCapital)

CartaCapital - A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) chamou de “brincadeirinha estarrecedora” a criação de frentes democráticas que não defendem a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. A declaração ocorreu nesta segunda-feira 6, em entrevista exclusiva ao diretor de redação de CartaCapital, Mino Carta.

Para Dilma, Bolsonaro não foi derrubado porque “a direita ainda não tem substituto”. Ela descarta, por exemplo, o vice-presidente Hamilton Mourão e os governadores João Doria (PSDB) e Wilson Witzel (PSC) como quadros imediatos para a elite brasileira aplicar seu programa econômico durante a pandemia do novo coronavírus.

“Essa brincadeirinha de falar numa frente democrática sem ‘Fora, Bolsonaro’ é estarrecedora. Quem impede o país de gerir essa crise é o Bolsonaro, por mais quieto que ele fique. Eles não tem um nome alternativo ao Bolsonaro. Não acho que o Mourão é. O risco que eles correm é que eles não conseguem executar 1/3 da pauta sem o Bolsonaro. Este é o problema deles, é seríssimo. É quem? Doria? Witzel? Esse processo leva à cena fantástica de uma frente pela democracia que é a favor do Bolsonaro. É impossível”, declarou.

Dilma também duvida do apresentador Luciano Huck como um quadro imediato para a direita brasileira. “Huck é um sonho de verão da Globo. Não acredito em uma candidatura Huck, não”, analisou a ex-presidente.

(...) Foi nas manifestações de 2013 que Dilma afirma ter visto os primeiros indícios da instabilidade política que resultou na sua derrubada no 2º mandato. “Fizemos uma avaliação em que estava excluída da pauta, de certa forma, a possibilidade de um golpe, mas ali começa a se ver que não é bem assim.” Na eleição de 2014, o processo foi vigoroso nessa direção, quando o PSDB pede algo que o Brasil não via nos últimos anos: a recontagem dos votos.

“O que nós percebemos é que começam a querer, por parte de um segmento do PSDB, uma espécie de ganho fácil do processo eleitoral”, diz a ex-presidenta.

Leia a íntegra em CartaCapital