Dilma devia era pedir eleição!
Com um sorriso nos lábios!
Como diz o Geddel – o Geddel vai às compras, segundo o ACM – a chance de Dilma voltar é zero!
Para voltar, ela dependeria do caráter e a lucidez de notáveis senadores como o professor-reitor Cristóvão Buarque, que não pode mais nem dar aula.
E Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Benedito de Lira (PP-AL), José Antonio Reguffe (sem partido - DF), Wellington Fagundes (PR-MT), Raimundo Lira (PMDB-PB) e Edison Lobão (PMDB-MA), por exemplo, que ela conhece desde os tempos de Ministro da Energia.
E, segundo o Renan, ela só poderia voltar num “acordão” para renunciar à Presidência e instalar o “parlamentarismo”, um Golpe como aplicaram a Jango em 1961, e o povo, em dois plebiscitos, repudiou.
Ela “acredita” que senadores que votaram pela admissibilidade do impeachment podem querer a volta dela à Presidência.
“Acredita”!
Será que ela já ligou para o Collor, um dos “indefinidos”, para pedir voto?
Impossível.
Ela tem conversado com os senadores que já votaram contra a admissibilidade.
O que ela tem feito?
Dar entrevistas!
Formidável.
Não mudam um voto!
Vai a comício, vai sair com o Lula por aí?
Tem que ser logo, porque, como se sabe, o Lula vai ser preso assim que o Senado enforcá-la pela segunda vez.
Resistir no Palácio da Alvorada e “acreditar” na volta é um sebastianismo irresponsável, do ponto de vista político.
Dilma não volta.
Seria recomendável, então, que ela desse consequência política à derrota.
Fazer da derrota uma vitória e reforçar o movimento da eleição (ou do plebiscito, o que dá no mesmo).
Resistir no Palácio é uma forma de vitimização que cabe bem na autobiografia ou na conversa com os netos.
Mas, não cabe na História.
Vargas se matou e fez da derrota uma vitória.
Lacerda fugiu e os carros do Globo foram incendiados pelo povo.
E adiou por dez anos o Golpe de 64.
Nesses dez anos governaram o Brasil o Juscelino e o Jango.
É pouco?
Só para falar de Jango.
Lutou pela reforma Agrária.
Combateu o analfabetismo, com a aplicação do Método Paulo Freire.
Tentou limitar a remessa de lucros ao exterior.
Extensão do voto aos analfabetos e a militares de baixa patente.
Uma reforma urbana com um programa como o Minha Casa, que será devidamente implodido agora.
E reforma bancária com a maciça democratização do crédito para o pequeno e médio empresário.
É pouco?
Se o Coronel Golbery tivesse assumido o poder em 1954, isso tudo teria acontecido?
A batalha de Dilma no Alvorada é uma batalha individual, pessoal.
Não é uma batalha política, responsável politicamente.
Apesar de seu IBOPE subir, como demonstrou o Mauricio Dias, é provável que ela não teria apoio parlamentar nem popular, se fosse Presidenta de novo.
O Golpe já está caracterizado como Golpe.
O Golpe foi uma forma de deputados e senadores se livrarem da Lava Jato.
Isso aí entrou para História, independente dela.
Independente de ter sido cometido um crime de responsabilidade.
A discussão sobre o “crime de responsabilidade“ é inútil: “condenam uma inocente!”, diz ela.
Ela seria impeachada de qualquer forma – até por andar de bicicleta!
De novo, a Presidenta Dilma Rousseff demonstra não ter sensibilidade política.
Além do mais, lutar a batalha perdida imobiliza as forças políticas que querem a eleição já, porque como diz o Franklin, "isso que está aí não dura".
A imobilidade da Dilma imobiliza setores do PT, do MST, do MTST, dos jovens - e todos que querem, como a maioria absoluta da população, eleição, já!
Ela não é Vargas, que voltou.
E na derrota botou os golpistas para correr!
PHA