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Dilma devia era pedir eleição!

Ela devia dar consequência política à derrota
publicado 29/05/2016
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suicidio vargas

Com um sorriso nos lábios!

Como diz o Geddel – o Geddel vai às compras, segundo o ACM – a chance de Dilma voltar é zero!

Para voltar, ela dependeria do caráter e a lucidez de notáveis senadores como o professor-reitor Cristóvão Buarque, que não pode mais nem dar aula.

E Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Benedito de Lira (PP-AL), José Antonio Reguffe  (sem partido - DF), Wellington Fagundes (PR-MT), Raimundo Lira (PMDB-PB) e Edison Lobão (PMDB-MA), por exemplo, que ela conhece desde os tempos de Ministro da Energia.

E, segundo o Renan, ela só poderia voltar num “acordão” para renunciar à Presidência e instalar o “parlamentarismo”, um Golpe como aplicaram a Jango em 1961, e o povo, em dois plebiscitos, repudiou.

Ela “acredita” que senadores que votaram pela admissibilidade do impeachment podem querer a volta dela à Presidência.

“Acredita”!

Será que ela já ligou para o Collor, um dos “indefinidos”, para pedir voto?

Impossível.

Ela tem conversado com os senadores que já votaram contra a admissibilidade.

O que ela tem feito?

Dar entrevistas!

Formidável.

Não mudam um voto!

Vai a comício, vai sair com o Lula por aí?

Tem que ser logo, porque, como se sabe, o Lula vai ser preso assim que o Senado enforcá-la pela segunda vez.

Resistir no Palácio da Alvorada e “acreditar” na volta é um sebastianismo irresponsável, do ponto de vista político.

Dilma não volta.

Seria recomendável, então, que ela desse consequência política à derrota.

Fazer da derrota uma vitória e reforçar o movimento da eleição (ou do plebiscito, o que dá no mesmo).

Resistir no Palácio é uma forma de vitimização que cabe bem na autobiografia ou na conversa com os netos.

Mas, não cabe na História.

Vargas se matou e fez da derrota uma vitória.

Lacerda fugiu e os carros do Globo foram incendiados pelo povo.

E adiou por dez anos o Golpe de 64.

Nesses dez anos governaram o Brasil o Juscelino e o Jango.

É pouco?

Só para falar de Jango.

Lutou pela reforma Agrária.

Combateu o analfabetismo, com a aplicação do Método Paulo Freire.

Tentou limitar a remessa de lucros ao exterior.

Extensão do voto aos analfabetos e a militares de baixa patente.

Uma reforma urbana com um programa como o Minha Casa, que será devidamente implodido agora.

E reforma bancária com a maciça democratização do crédito para o pequeno e médio empresário.

É pouco?

Se o Coronel Golbery tivesse assumido o poder em 1954, isso tudo teria acontecido?

A batalha de Dilma no Alvorada é uma batalha individual, pessoal.

Não é uma batalha política, responsável politicamente.

Apesar de seu IBOPE subir, como demonstrou o Mauricio Dias, é provável que ela não teria apoio parlamentar nem popular, se fosse Presidenta de novo.

O Golpe já está caracterizado como Golpe.

O Golpe foi uma forma de deputados e senadores se livrarem da Lava Jato.

Isso aí entrou para História, independente dela.

Independente de ter sido cometido um crime de responsabilidade.

A discussão sobre o “crime de responsabilidade“ é inútil: “condenam uma inocente!”, diz ela.

Ela seria impeachada de qualquer forma – até por andar de bicicleta!

De novo, a Presidenta Dilma Rousseff demonstra não ter sensibilidade política.

Além do mais, lutar a batalha perdida imobiliza as forças políticas que querem a eleição já, porque como diz o Franklin, "isso que está aí não dura".

A imobilidade da Dilma imobiliza setores do PT, do MST, do MTST, dos jovens - e todos que querem, como a maioria absoluta da população, eleição, já!

Ela não é Vargas, que voltou.

E na derrota botou os golpistas para correr!

PHA