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Dilma: o quanto pior melhor foi pro saco!

"Devo ter sido virada do avesso. E podem continuar virando"
publicado 07/01/2016
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nao vem ao caso

Sugestão de Hammer no Conversa Afiada

A presidenta Dilma Rousseff concedeu nesta quinta-feira (07) entrevista a jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. Na conversa, Dilma ressaltou que não há mais espaço para torcida contrária ao Brasil. "Não é possível achar que repetiremos 2015. Já se esgotou o modelo do 'quanto pior, melhor'", disse a presidenta.

Questionada sobre a busca da oposição por motivos que justifiquem um possível impeachment, Dilma mostrou-se ciente e confiante.

"Tenho clareza que devo ter sido virada ao avesso e tenho clareza também, até porque entendo de mim mesma, que podem continuar me virando do avesso. Sobre minha conduta não paira nenhum embaçamento, nenhuma questão pouco clara", respondeu.

Vazamentos

Em sua primeira entrevista do ano, a presidenta criticou os vazamentos das investigações, como acontece com a Operação Lava Jato, e defendeu o direito de defesa aos acusados.

"Tenho muito medo da espetacularização e vazamentos porque os vazamentos não se dão num quadro de responsabilidade de apuração. Quando se derem nesse quadro, é importante ser difundido para a população. Mas não é possível ter dois pesos e duas medidas para ninguém no Brasil", declarou a petista.

Economia

Dilma também tratou sobre a economia. Para ela, o equilíbrio fiscal é essencial para reduzir a inflação e, assim, chegar ao centro da meta de 4,5%. "Com o equilíbrio fiscal, é possível garantir o superávit de 0,5% (do PIB) e criar condições para trazer a inflação para o centro da meta", explicou.

A presidenta apontou caminhos possíveis para alcançar o objetivo. "Se aprovar a CPMF e a DRU (desvinculação das receitas da União) - se estas propostas forem encaminhadas e se estabilizar a economia - a inflação irá convergir para a meta", ponderou a petista, que ressaltou outra importância para a CPMF:

"Não é questão só de reequilíbrio fiscal, mas também é questão de saúde pública. Aprovar a CPMF pode ajudar a resolver o problema da saúde pública no país", explicou.

Michel Temer

Dilma aproveitou o contato com os jornalistas para minimizar a polêmica com o vice-presidente, Michel Temer. Segunda ela, a "relação com Temer está ótima".

João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada

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