Dilma: perder eleições não é motivo para impítim
A presidenta Dilma Rousseff inaugurou nesta terça-feira (22) a estação Pirajá, mais uma etapa do metrô de Salvador, na Bahia. Aos gritos de “não vai ter golpe”, Dilma fez seu discurso, enfatizou a importância do investimento no transporte público, no combate à seca e rechaçou qualquer tentativa de impeachment.
"Por que vocês me mostram que não vai ter golpe? Impeachment não é golpe. Ele vira golpe quando não há fundamento legal para qualquer projeto de impeachment. Não há fundamento legal porque eu tenho uma vida ilibada. Meu passado, meu presente... não há nenhuma acusação fundada contra mim", disse a presidenta.
A petista explicou que o Brasil não vive em um regime parlamentarista e, sim, presidencialista. "Eu, por acaso, ganhei 54 milhões de votos. Daí porque a Constituição prevê as formas pelas quais um presidente pode ser retirado do poder. Não gostar do presidente, querer encurtar o mandato do presidente, perder eleições seguidamente, não são motivos válidos para impeachment", discursou.
Dilma identificou a tentativa da oposição de apostar no "quanto pior, melhor" no pedido de impeachment. "O que está acontecendo é um processo que tem duas características: a primeira é grave porque afeta a vida da população. É a tese do 'quanto pior, melhor'. O que acontece? É pior para o povo brasileiro e melhor para alguns poucos", explicou a mandatária.
A presidenta finalizou seu discurso com um pedido de união para a retomada do crescimento do Brasil. "Nosso país precisa de tranquilidade. Precisa que todos nós olhemos acima dos nossos interesses partidários e eleitorais. E coloquemos o interesse do Brasil acima de tudo. Nós temos que fazer um grande esforço para que o que queremos, individualmente, não atrapalhe o Brasil como nação", discursou.
Dilma esteve em Salvador, ao lado do governador da Bahia, Rui Costa, para a inauguração da estação Pirajá, que recebeu investimento do R$ 16,7 milhões do PAC. A presidenta ainda participa da entrega de unidades habitacionais em Camaçari, também na Bahia.
João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada