Dilma propõe pacto nacional, mas impõe condições
Tentar derrubar uma Presidente sem crime de responsabilidade é um insulto a todos os eleitores
A Presidenta Dilma Rousseff propôs, nesta quinta-feira 7, um pacto nacional pela governabilidade, mas impôs algumas condições para isso. Em discurso durante o Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, em Brasília, Dilma também rechaçou qualquer possibilidade de renuncia ao Governo.
“Eu nunca me opus a pactos que possam oferecer saídas para crise. Eu quero um entendimento nacional, pois governo para todos. O pacto tem algumas condições: respeito ao voto, o fim das pautas-bomba no Congresso, unidade pela aprovação de reformas, retomada do crescimento, preservação de todos os direitos conquistados e a necessária reforma política”, afirmou.
Para continuar: “Nenhum pacto pode ser discutido se não respeitar os 54 milhões de brasileiros e brasileiras que votaram em mim. Devem ser respeitados os que não votaram em mim, mas participaram das eleições e acreditam nas regras da Democracia. Nenhum pacto sobreviverá se não tiver respeito pela Democracia”, seguiu e completou: “muitos deles têm clareza da fragilidade do processo e defendem que eu renuncie. Não devo ser submetida a impeachment por um motivo muito simples: não cometi crime de responsabilidade”, disse.
A Presidenta voltou a denunciar o Golpe que a oposição, por meio do impeachment, defende. "O que está em questão é respeitar as regras democráticas. Tentar derrubar uma Presidente sem crime de responsabilidade é um insulto a todos os eleitores. A eleição estará sendo desmoralizada com o Golpe”.
Dilma informou que determinou ao ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que investigue o que chamou de vazamentos seletivos. “Na trama golpista, destaco o uso de vazamentos seletivos, direcionados com claro objetivo de criar ambiente propício ao Golpe. Determinei a rigorosa apuração de responsabilidade por vazamento recente, como tomar medidas judiciais cabíveis. Passou dos limites a seleção clara de vazamentos”, alertou Dilma no dia da divulgação de partes da delação premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez.
Por fim, a petista anunciou que irá processar a revista IstoÉ por matéria considerada machista. "É um texto muito baixo".
Alisson Matos, editor