Dilma sai da clandestinidade e vai às ruas
Dilma retornou à clandestinidade imediatamente após a vitória em outubro de 2013.
O aparelho ficava no Palácio do Planalto.
Ela governava com dois companheiros de militância clandestina.
Um tinha o codinome de “Chefe da Casa Civil”.
Outro, o codinome de “Ministro da Justiça”.
Um era o General Assis Oliva.
O outro, o zé Cardozo.
Aí, ela cortou os laços que a uniam ao Lula.
E, mais importante, cortou os laços que a uniam a quem a elegeu: 54 milhões de brasileiros.
E produziu uma aberração: o Joaquim Levy.
E, na célula palaciana, governava para si mesma.
Sem dialogar com os outros ministros, com o Congresso, com a imprensa – e muito menos com o povo.
Ela tem culpa nesse Golpe.
Mas, isso fica para depois.
O importante é que nesse dia da deposição irrecorrível, ela fez um discurso soberbo!
Saiu, enfim, da clandestinidade.
E voltou às ruas, onde a esperam milhões de eleitores (muito menos que os 54 milhões originais).
Mas, ainda assim, se reencontrou com seu destino político.
Ainda resta ver como se desenrolará esse processo de impeachment de seis meses de duração.
Com dois presidentes.
Como se Bento XVI ainda pudesse ser Papa…
(Sem querer comparar o Traíra ao Papa do “é Golpe!”).
E essa farsa jurídico-política, sob a presidência de Ricardo Lewandowski.
E o pau comendo na rua!
(Não deixe de ler “o pit-bull e o vetusticida”).
O relevante, nesse momento, é observar que a Presidenta Dilma reassumiu, hoje, ao cair, a função política que sempre se exigiu dela: liderar!
Ela não volta ao Planalto.
Mas, pode ajudar a tirar o Temerinho de lá.
E provocar eleições.
Nas ruas, com o povo!
Porque eleições virão.
Com ou sem ela!
Melhor com ela!
Paulo Henrique Amorim