Dino prega frente ampla contra Bolsonaro
Dino: Lula me estimulou a continuar a dialogar com várias correntes políticas
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reforçou a necessidade de uma frente ampla para enfrentar Jair Bolsonaro em 2022.
“Eu argumentei muito fortemente nessa direção do que tenho chamado de frente ampla, ou seja, essa compreensão de que a esquerda sozinha não dá conta da resistência ao bolsonarismo e à reconquista do comando central do país”, afirmou em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT.
Dino confirmou que o objetivo é buscar conciliação com outras correntes políticas, inclusive, as liberais. De acordo com ele, o ex-presidente Lula não será um obstáculo.
“Tive muita acolhida de modo que ele [Lula] me estimulou, me impulsionou a continuar com esse trabalho de diálogo com várias correntes políticas. E fiz questão de frisar, inclusive publicamente, que é para além da esquerda, uma vez que, por exemplo, a vitória eleitoral do ex-presidente Lula em 2002 só foi possível com a aliança com 1 liberal, 1 empresário, de centro, que foi o saudoso vice-presidente José de Alencar. De modo que tenho certeza que ele [Lula] não é obstáculo à continuidade desse processo”, disse.
Na entrevista, o comunista justificou as conversas com o apresentador Luciano Huck, provável candidato a presidente.
“Acho que ele ajuda. Hoje, a abordagem que ele faz de temáticas como a desigualdade social, acho que isso é valioso para o campo da esquerda. Significa dizer que Luciano Huck é da esquerda? Claro que não. Nem ele pretende, mas nós podemos conversar com ele e eu tenho conversado”, disse.
Governo Bolsonaro
Dino classificou a gestão do atual presidente como “belicista e extremista”. Para ele, é “muito difícil” visualizar acertos na gestão do militar. “É muito difícil, porque eu sempre olho para o vértice, para o líder. E o líder, infelizmente, não ajuda, porque ele desconstrói muito, ele desarruma muito, que é o presidente da República”, diz.
A entrevista completa está aqui.