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Dino prega união para 22: "inclusive para além da esquerda"

Mas ele não acredita em candidatura única
publicado 06/07/2020
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(Divulgação/Governo do Maranhão)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), analisou em entrevista ao Correio Braziliense a importância de a oposição a Jair Bolsonaro construir um discurso unificado desde já, e não apenas em 2022.

"A minha visão é que a situação econômica vai se deteriorar bastante no segundo semestre, e isso com quebradeira de micros e pequenas empresas, a desorganização de cadeias de oferta e demanda, de modo muito profundo. Isso vai gerar uma situação, a meu ver, muito desafiadora para o país. Eu acho que é o papel da oposição contribuir para o Brasil sair dessa crise, já que Bolsonaro não tem esta agenda", afirmou Dino.

Ainda assim, pensando nas eleições de 2022, Dino pondera: "eu, na verdade, não tenho a ilusão de que vamos juntar toda a oposição com uma só candidatura. Eu, realmente, não acredito que a oposição estará unida em uma candidatura única em 2022. Mas acredito que a gente deve tentar. Quanto mais união, melhor, inclusive, para além da esquerda".

Para ele, a oposição deve apresentar "uma mensagem unificada agora para facilitar a busca de um discurso único para 2022. Porque, se não criarmos um clima positivo agora, chegaremos nas eleições com um nível tal de animosidade, de mágoa, que prejudicará o diálogo. E foi o que a gente viu em 2018. O Fernando Haddad (PT) no segundo turno (da eleição presidencial), e o Ciro não o apoiou. Então, nós temos que evitar isso", completou.