Dino se diz "antibolha" e defende Frente Ampla contra o bolsonarismo
O governador Flávio Dino, do Maranhão (Créditos: Lula Marques/Agência PT)
A Folha de São Paulo publicou nesta quinta-feira 23/I uma entrevista concedida pelo governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) às jornalistas Thais Arbex e Constança Rezende.
Dino comentou a demissão do secretário de Cultura Roberto Alvim, no dia 17/I: "o nazismo está entronizado como política de Estado daqui e de acolá. O vídeo desse secretário não é algo isolado", disse o governador, antes de ressaltar que Alvim "fez, na prática, apologia de um dos piores momentos da história da humanidade".
Para ele, entretanto, "é também importante destacar que a demissão do secretário é insuficiente, na medida em que não houve a revogação da concepção que embasou os anúncios que foram feitos pelo próprio presidente da República".
Dino também tratou sobre a necessidade de uma frente dos partidos do centro e da esquerda para derrotar o bolsonarismo nas eleições de 2020.
"Nós temos que agora, em 2020, nas eleições municipais, atuar juntos no maior número de cidades quanto possível, seja em primeiro, seja em segundo turno", afirmou. "Me refiro ao campo da esquerda, mas também à vertente liberal social-democrata da vida brasileira. Ou seja, em segundos turnos nós queremos o apoio do centro, e também apoiá-lo nas cidades em que ficarmos fora do segundo turno".
"O que eu tenho defendido com a ideia da Frente Ampla é a compreensão de que, quando você está num quadro de defensiva estratégica, que é o que nós vivemos em 2013, e mais acentuadamente desde o impeachment, você tem de reunir forças para retomar as condições de apresentar o seu programa, transformá-lo em vitorioso e implementá-lo", disse o governador, que se definiu como "um militante antibolha"
Ele completou: "sou militante da esquerda brasileira, defendo uma perspectiva social, os mais pobres, a soberania do país. Outras pessoas querem se somar a isso? É nosso papel trazer".
Dino negou, mais uma vez, os boatos de que poderia compor uma chapa presidencial com o apresentador global Luciano Huck. Entretanto, defendeu a necessidade do diálogo: "eu prefiro Luciano Huck dialogando comigo do que dialogando com Bolsonaro", disse. "Se ele está dialogando com o outro campo, significa dizer que nós estamos alienando não apenas ele, mas, sobretudo, nós estamos afastando segmentos sociais que se sentem representados por ele".
E para 2022?
Flávio Dino será candidato à presidência?
O governador não negou: "os mesmos que diziam que eu não posso concorrer à Presidência pelo PCdoB são aqueles que achavam que eu jamais seria governador do Maranhão pelo PCdoB".
Leia a entrevista completa na Folha de São Paulo.
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