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Em construção: o Golpe do Gilmar no TSE

E o Presidente pode ser o zé das couves. Ou o Cerra!
publicado 15/07/2016
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Reprodução: Twitter @ptbrasil

O Conversa Afiada mereceu o seguinte cenário:

Gilmar vai ter a partir de setembro maioria tranquila no TSE.

Além dele, Henrique Neves, Luis Fux, Herman Benjamin e Napoleão Nunes Maia Filho.

Votos contra só, provavelmente, Rosa Weber e Luciana Lossio.

Isso lhe dá enorme conforto de derrubar Dilma, por conta do financiamento da campanha de 2014, se ela escapar do impeachment.

Se o impeachment se confirmar, ele e Fux, sucessivamente, na presidência do TSE, sentam nos processos sobre o financiamento da campanha e não os pautam.

Assim, Temer ficaria até final de 2018 sem se aborrecer.

Mas, se houver o acordo de barrar o impeachment com o plebiscito, este seria realizado em outubro, com a eleição municipal.

Para isso, seriam necessários uma PEC de iniciativa da Dilma – e só dela – e os votos para aprovar por 3/5 nas duas casas: Câmara e Senado.

A eleição seria realizada em abril de 2017, com um TSE dominado por Gilmar e um Procurador Geral Eleitoral, digamos, fraco.

Mesmo assim, depois de toda as manobras no TSE, a posse seria em junho de 2017, para um mandato de ano e meio.

É outra questão complicada.

E a reforma política?

Seria feita com esse Congresso?

De qualquer forma, nessa hipótese, Dilma teria quase um ano (10 meses) para fazer a transição e devolver alguma normalidade à política. 

E se o Gilmar (o Gilmar PSDB-MT, como você diz) resolver imprensar o Congresso contra a parede e dizer: não adianta aprovar o plebiscito com eleição, porque lá para fevereiro, março de 2017 eu condeno a Dilma e, se necessário, a Dilma e o Temer, no TSE!

E, concretizada a ameaça, o Congresso pode eleger qualquer um Presidente da República, para completar o mandato da Dilma.

Nao precisa ser um congressista.

Pode ser um zé das couves, como diz o Gilmar.

Ou o Serra!

Que topa ser Presidente nem que seja por dez meses já que, pelo voto, ele sabe que jamais será.

O Serra, não se esqueça, chama o Gilmar de “meu presidente!”.

Seria um presidencialismo de dois presidentes!

Tudo isso, se, antes, o paredón ainda não estiver em funcionamento.

Não é isso, amigo navegante?

PHA, com a providencial ajuda de incomparável intérprete do movimento das nuvens que encobrem Brasilia.