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Empresário: Flávio Bolsonaro pagou R$ 30 mil em dinheiro vivo por móveis

Grana em espécie desperta atenção do MP
publicado 27/12/2019
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(Reprodução/Redes Sociais)

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente da suposta República, pagou R$ 30 mil em dinheiro vivo para ficar com móveis que estavam em um apartamento na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que ele comprou em 2014.

A informação, divulgada nesta sexta-feira 27/XII pela Folha de S.Paulo, consta de depoimento dado pelo antigo proprietário desse imóvel ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Foram dez depósitos de R$ 3 mil feitos de forma fracionada entre outubro e novembro daquele ano.

Vale lembrar que a utilização de recursos em espécie é um dos indícios apontados pelo MP-RJ da "rachadinha" de salários no gabinete de Flávio em seus tempos de deputado estudual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Segundo a reportagem, Flávio e a esposa, Fernanda, compraram o apartamento do empresário David Macedo Neto, em agosto de 2014, por R$ 2,55 milhões. Em seu depoimento, Neto afirmou que os depósitos foram feitos “por Flávio Bolsonaro como pagamento por parte do mobiliário que guarnecia o imóvel”.

Esse depósito de dinheiro em espécie a conta-gotas é tido por investigadores, via de regra, como uma estratégia para escapar do controle do sistema financeiro. Entradas em espécie a partir de R$ 10 mil devem ser monitoradas pelos bancos e comunicadas à Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o antigo Coaf.

No caso desse apartamento, a Promotoria aponta ainda uma diferença entre o valor declarado e a quantia depositada pelo casal na conta do antigo proprietário. Segundo dados do MP-RJ, eles transferiram R$ 7.813,04 a mais ao empresário. Os promotores não informaram qual foi a explicação dada por Neto sobre essa divergência.

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