Enio Verri: Temer governa com um ministério de zumbis
MT não tem saída!
publicado
06/06/2017
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Reprodução: Tribuna da Internet
O Conversa Afiada reproduz artigo do deputado federal Enio Verri (PT/PR), publicado originalmente em sua coluna no Blog do Esmael Morais:
O sangramento de Temer leva o País à insustentabilidade econômica. Os mais de R$ 160 bilhões de déficit primário não serão cumpridos porque não haverá aumento de receitas permanentes. A produção industrial está parada, há mais de 14 milhões de desempregados. O governo, desesperado, ou cínico, comemorou o crescimento de um PIB trimestral eminentemente agrário cuja próxima supersafra será em 2018.
Temer está perdido e sem outra saída que não seja a renúncia. Não tem credibilidade para impulsionar a produção e, por isso, aposta em receitas extraordinárias, como saques de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), taxas e multas sobre verbas no exterior não declaradas e o indecente programa de renegociação de dívidas tributárias (Refis).
A média dos valores sacados do FGTS está entre R$ 500 a R$ 1.500. Devido à conjuntura das famílias mais pobres, esses valores vêm sendo usados para pagar contas ou mesmo se alimentar. Em breve, os cerca de R$ 30 bilhões liberados, até o momento, já se encontrarão em endereço certo: instituições que operam no mercado financeiro, que atendem às demandas de uma das mais cruéis concentrações de renda do mundo.
Entre os mais de 200 milhões de brasileiros, nem 10% têm condições de manter valores não declarados no exterior, cujas cifras nunca são inferiores a milhões. Esse dinheiro não virá para o País, para produzir emprego. Apenas foi declarada a existência. Diferente dos mais pobres, essas receitas, de curtíssimo prazo, serão aproveitadas pela elite cuja produção se encontra em bolsas de valores, sob o nome de juros.
Não há solução de crise econômica sob uma interminável crise política. Recente estudo de uma consultoria aponta que, desde 2014, o PIB per capta, ou seja, a divisão das riquezas do País entre o número de habitantes, caiu 11% frente ao PIB total, cuja queda foi 9%, durante o mesmo período. O ano de 2014 foi quando o PSDB, inconformado, resolveu “encher o saco” da nação com o pedido de cassação da chapa de um governo legitimamente eleito, quando o País já se encontrava em dificuldades financeiras.
O Banco Mundial revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira, que deverá ser de 0,3% e não mais 0,5%, como estimado em janeiro. A média de crescimento das economias emergentes, em 2017 e 2018, será de 2,1% e 2,5%. Somente a produção pode retomar o crescimento econômico e a geração de empregos. Mas Temer não inspira confiança e mente, ao dizer que a recessão acabou.
Em recente evento para grandes empresários, em São Paulo, o CEO da Fiat mundial, Sergio Marchionne, cancelou sua presença ao saber que Temer estaria presente. E nem mesmo no quintal de casa encontra apoio. Em maio, o ilegítimo foi obrigado a cancelar um jantar para aliados, remarcado para o dia seguinte, mas também esvaziado das principais lideranças do DEM e PSDB. Presentes apenas os asseclas de sempre.
O ministério de notáveis de Temer não sabe o que fazer para não ser despachado pelo mercado. A taxa de investimento, no primeiro trimestre de 2017, foi de 15,6% do PIB, a menor desde 1995. Empresários não investem porque não há consumidores. E não há consumidores porque não há empregos. E não há emprego porque não há produção que justifique contratar. O Brasil está paralisado, ou muito perto disso.
Temer não tem condições políticas de quebrar essa espiral negativa, que leva o País ao caos econômico, por capricho de poder e, mais recentemente, pânico de ser preso. Até o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES), Paulo Rabello de Castro, em declaração ao jornal “El País”, disse que a economia deverá crescer entre 2018 e 2019, sob um novo governo.
Todo o movimento no manejo dos aparelhos que mantêm o desgoverno Temer respirando é, na verdade, uma ação contra a nação, contra os mais pobres, contra um programa de desenvolvimento que retirou o Brasil do Mapa da Fome; que tirou o País da 16ª e o conduziu à 6ª colocação entre as economias mundiais. Enquanto não se fizer o exorcismo político de Temer, a economia não deslanchará e o desemprego vai aumentar. Fora Temer e Diretas já.
Temer está perdido e sem outra saída que não seja a renúncia. Não tem credibilidade para impulsionar a produção e, por isso, aposta em receitas extraordinárias, como saques de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), taxas e multas sobre verbas no exterior não declaradas e o indecente programa de renegociação de dívidas tributárias (Refis).
A média dos valores sacados do FGTS está entre R$ 500 a R$ 1.500. Devido à conjuntura das famílias mais pobres, esses valores vêm sendo usados para pagar contas ou mesmo se alimentar. Em breve, os cerca de R$ 30 bilhões liberados, até o momento, já se encontrarão em endereço certo: instituições que operam no mercado financeiro, que atendem às demandas de uma das mais cruéis concentrações de renda do mundo.
Entre os mais de 200 milhões de brasileiros, nem 10% têm condições de manter valores não declarados no exterior, cujas cifras nunca são inferiores a milhões. Esse dinheiro não virá para o País, para produzir emprego. Apenas foi declarada a existência. Diferente dos mais pobres, essas receitas, de curtíssimo prazo, serão aproveitadas pela elite cuja produção se encontra em bolsas de valores, sob o nome de juros.
Não há solução de crise econômica sob uma interminável crise política. Recente estudo de uma consultoria aponta que, desde 2014, o PIB per capta, ou seja, a divisão das riquezas do País entre o número de habitantes, caiu 11% frente ao PIB total, cuja queda foi 9%, durante o mesmo período. O ano de 2014 foi quando o PSDB, inconformado, resolveu “encher o saco” da nação com o pedido de cassação da chapa de um governo legitimamente eleito, quando o País já se encontrava em dificuldades financeiras.
O Banco Mundial revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira, que deverá ser de 0,3% e não mais 0,5%, como estimado em janeiro. A média de crescimento das economias emergentes, em 2017 e 2018, será de 2,1% e 2,5%. Somente a produção pode retomar o crescimento econômico e a geração de empregos. Mas Temer não inspira confiança e mente, ao dizer que a recessão acabou.
Em recente evento para grandes empresários, em São Paulo, o CEO da Fiat mundial, Sergio Marchionne, cancelou sua presença ao saber que Temer estaria presente. E nem mesmo no quintal de casa encontra apoio. Em maio, o ilegítimo foi obrigado a cancelar um jantar para aliados, remarcado para o dia seguinte, mas também esvaziado das principais lideranças do DEM e PSDB. Presentes apenas os asseclas de sempre.
O ministério de notáveis de Temer não sabe o que fazer para não ser despachado pelo mercado. A taxa de investimento, no primeiro trimestre de 2017, foi de 15,6% do PIB, a menor desde 1995. Empresários não investem porque não há consumidores. E não há consumidores porque não há empregos. E não há emprego porque não há produção que justifique contratar. O Brasil está paralisado, ou muito perto disso.
Temer não tem condições políticas de quebrar essa espiral negativa, que leva o País ao caos econômico, por capricho de poder e, mais recentemente, pânico de ser preso. Até o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES), Paulo Rabello de Castro, em declaração ao jornal “El País”, disse que a economia deverá crescer entre 2018 e 2019, sob um novo governo.
Todo o movimento no manejo dos aparelhos que mantêm o desgoverno Temer respirando é, na verdade, uma ação contra a nação, contra os mais pobres, contra um programa de desenvolvimento que retirou o Brasil do Mapa da Fome; que tirou o País da 16ª e o conduziu à 6ª colocação entre as economias mundiais. Enquanto não se fizer o exorcismo político de Temer, a economia não deslanchará e o desemprego vai aumentar. Fora Temer e Diretas já.