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Entreguismo do Bolsonaro faz dele uma jabuticaba

A extrema-direita no mundo inteiro é Nacionalista...
publicado 25/10/2018
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Olá, tudo bem?

Esse podcast é sobre a vira-latice do Bolsonaro, o entreguismo do Bolsonaro.

O que faz dele uma jabuticaba brasileira.

Brasileiríssima.

O mundo supostamente civilizado vive sob a ameaça de movimentos… êpa!

 Êpa!

“Movimento” foi o Golpe de 1964, segundo o toffolês do Ministro Dias Gaspari Toffoli.

Vamos usar outra palavra, então.

O mundo supostamente civilizado vive sob a ameaça de partidos políticos de extrema direita furiosa, radical.

Já no poder, ou à espreita para tomar o castelo.

É o caso do Partido Republicano sob a batuta do Donald Trump.

O Front National, da Marine Le Pen, na França.

A Liga Norte do Salvini, na Itália.

A AfD na Alemanha.

Na Hungria, na Holanda, na Áustria, Polônia, Ucrânia, Bélgica, Finlândia, Suíça, Espanha, Bósnia.

Até a opção inglesa pelo Brexit foi conduzida pela Direita radical e pelos serviços do extremista Steve Bannon, o marqueteiro do Trump que abraçou Jair Bolsonaro e seu filho.

São correntes políticas antidemocráticas, racistas, que perseguem minorias e a imprensa.

Todas elas, porém, têm um ingrediente que as aproxima perigosamente do Fascismo e do Nazismo.

O Nacionalismo!

Combatem a globalização, o entreguismo e a hegemonia econômica americana!

(E a hegemonia alemã.)

Como sempre, os entreguistas brasileiros chegam à estação depois que o trem partiu.

A locomotiva da extrema direita deixou os nossos bolsonários, com o Paulo Guedes, à espera do próximo trem.

Bolsonários e Guedes são entreguistas.

Querem vender o patrimônio nacional.

Aos americanos.

A Petrobras, o Banco do Brasil, a Embraer, a Caixa e tudo aquilo que Príncipe da Privataria e o Pedro Malan ofereceram ao FMI – e não entregaram...

Tudo aquilo que o gatinho angorá, o Pedro Malan Parente e a Míriam Leitão acham que fica melhor com donos privados - e estrangeiros.

Bolsonaro e seu Posto Ipirangа querem reduzir dramaticamente as tarifas de importação.

E destruir o parque industrial brasileiro.

Querem acabar com o conteúdo nacional – e afundar a Economia brasileira.

Será um furacão só comparável à destruição que promoveu o Judge Murrow, o exterminador de empregos.

E num movimento (êpa!) de subserviência máxima, Bolsonaro e Guedes querem expulsar a China do Brasil.

A China está comprando o Brasil, bradam eles!

Quem comprou o Brasil foi a Febraban!

E sobre isso eles não dizem nada!

A China é benvinda em todas as praças do mundo.

Porque a China tem volumosas reservas cambiais – US$ 3,2 trilhões, em agosto de 2018, segundo o FMI -, e em boa parte em títulos do Tesouro americano, que, a qualquer momento, como se sabe, podem virar pó…

(A propósito: as reservas da China são quase duas vezes o Produto Nacional Bruto do Brasil - US$ 1,7 trilhão, segundo o IBGE.)

É por isso que a China tem fome de transformar títulos do Tesouro americano em ativos.

Especialmente ativos que ajudem a China a se abastecer de petróleo e comida – que ela não tem, com fartura…

Não é mole alimentar um bilhão e 400 milhões de pessoas, três vezes por dia, todo dia!

Mas, o Bolsonaro e o Paulo Guedes não querem conversa com a China.

Se bobear, se alinham à guerra comercial que o Trump desenvolve – para perder - com a China.

O Tigre de Papel não é a China.

É o Trump…

É o Bolsonaro…

O bolsonarismo é uma manifestação de alcance mundial, globalizou-se.

Ele reflete a crise irreversível do sistema chamado de “Capitalismo”, fenômeno magistralmente descrito pelo sociólogo alemão Wolfgang Streeck, no livro “How Capitalism will end – Ensaios sobre um sistema falido” (Verso, London, New York, 2016).

Diz Streek: “o que virá depois do Capitalismo em sua crise final (…) não será o Socialismo ou qualquer outra ordem social conhecida. Mas, sim, um longo interregnum (…) (um) prolongado período de entropia social, de desordem e, por isso, de incerteza e indeterminação”. (Pág. 13)

Continua Streeck: “a ordem social do Capitalismo vai dar origem não a uma outra ordem social, mas a desordem ou a entropia, num período histórico de duração incerta, quando, nas palavras de Antonio Gramsci, ‘o velho está morrendo mas o novo ainda não pode nascer, o que vai levar a um interregnum em que existirão fenômenos patológicos dos mais diversos tipos.’” ( Pág. 36)

O que ocorre hoje, no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, digo eu, são os tumores que, nesse interregum, já arrebentaram e espalham pus pelos tecidos vizinhos.

São todos muito parecidos.

Menos o nosso.

Que não passa de vira-latas.

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