Facebook se nega a fornecer informações à CPMI das Fake News
(Crédito: The Next Web)
A postura do Facebook pode ajudar a proteger a fábrica de fake news do bolsonarismo. Reportagem de Rubens Valente na Folha de S.Paulo aponta: "Acionado pela CPMI das Fake News, conduzida no Congresso, o Facebook respondeu que só poderá repassar diversos dados solicitados sobre contas de redes sociais, incluindo as supostamente usadas pelo grupo bolsonarista apelidado de 'gabinete do ódio', após decisão de um juiz dos Estados Unidos".
A rede social afirma que segue acordo bilateral Brasil-EUA regulado por decreto de 2001. O Facebook sugeriu que o processo para obtenção dos dados deva ser iniciado com um pedido da CPMI ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça subordinado a Sergio Moro, que por sua vez acionaria as autoridades dos EUA para obter uma decisão judicial de busca.
Vale lembrar que o "gabinete do ódio" foi tratado em depoimento prestado à CPMI pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo na Câmara. Segundo ela, o gabinete é composto por pessoas ligadas a Jair Bolsonaro, como seu filho e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e atua na disseminação de ofensas a diversas pessoas e instituições, além da propagação de fake news.