Falhas graves no Metrô de SP crescem 117% com Doria!

Dispara o número de falhas graves nas linhas do Metrô

O Metrô de São Paulo, sob gestão João Doria (PSDB), registrou crescimento de 117% no número de falhas notáveis no primeiro bimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. São incidentes que podem causar paralisação ou redução na velocidade dos trens, impactando diretamente os usuários. Foram ao todo 37 falhas (levando em conta as linhas 4-amarela e 5-lilás, concedidas à iniciativa privada) ante 17 em 2018, uma média de duas a cada três dias.

Durante janeiro e fevereiro, a linha 15-prata do monotrilho foi a que teve o maior número de problemas graves. Segundo dados do Metrô, obtidos por Lei de Acesso à Informação, foram 14 falhas notáveis, uma média de uma a cada quatro dias. Metade dos transtornos foi provocada por falhas no sistema elétrico. 

Para solucionar esses problemas, levou-se em média 2 horas e 32 minutos. A interrupção mais longa ocorreu no dia 17 de janeiro, quando um problema em um equipamento fixo de via deixou a estação Vila Prudente do monotrilho fora da operação comercial por 19 horas e 30 minutos, das 4h40 até a 0h10.

“As muitas falhas no monotrilho têm todas a ver com a implantação precipitada do sistema”, avalia o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo Raimundo Cordeiro, lembrando do acidente ocorrido em janeiro, quando dois trens se chocaram próximo à estação Sapopemba.

(...) Entre as linhas sob administração direta da Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, além do aumento na quantidade de falhas também cresceu o tempo médio para que fossem dadas como resolvidas pelo Metrô.

Nos dois primeiros meses de 2018 foram 13 casos, resolvidos em 39 minutos cada, na média. Já neste ano foram 25 casos, que levaram 2 horas e 17 minutos para serem solucionados pela companhia. Ao todo, as linhas operadas pelo Metrô ficaram 57 horas _ou quase dois dias e meio_ paradas em decorrência das falhas.

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